A Fortaleza de São João, ao longo dos séculos testemunhou episódios épicos, é um local de histórias, de muitas histórias, admiráveis feitos e grandes personagens, foi protagonista de como um pedaço do Brasil nasceu, e graças a proteção de seus canhões e seus soldados com tempera de aço, este pedaço prosperou, tornando-se rapidamente o maior empório comercial da América do Sul, depois foi capital Federal, e hoje é a capital cultural e do turismo do Brasil.

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Coragem e acentuada liderança, características marcantes do jovem Capitão Mor Estácio de Sá, que em 1565, lhe é confiada, pela Coroa Portuguesa, a arriscada missão de expulsar o invasor francês, que há décadas se estabelecera na Baía de Guanabara, e em 1555 havia fundado a França Antártica, se aliando aos temíveis índios Tamoios.

Com coragem e determinação, o jovem Estácio e sua brava gente erguem um mero fortim, provido de cerca de madeira, terra e pedra com baluartes e guaritas, portas com aldravas de ferro, bem como postigos de comunicação com o exterior.

Esse fortim, batizado de Reduto São Martinho, foi a base de onde os portugueses se lançaram às lutas contra o invasor pela posse da terra.

Em 1567 o invasor é definitivamente derrotado e expulso, mas na derradeira batalha de Uruçumirim, nosso jovem e corajoso Cap Mor é ferido mortalmente, a comoção é geral, tanto dos lusitanos como de seus aliados os índios Temiminós, liderados pelo cacique Aribóia.

Surgia, assim, a Fortaleza de São João.

Ampliada e reforçada ao longo dos tempos, a Fortaleza de São João passou a constituir-se em um conjunto de obras no Morro Cara de Cão, acidente geográfico de vital importância para o controle do tráfego marítimo das embarcações que adentravam na Baía de Guanabara.

Em seu lado nordeste são erguidos o Reduto São Teodósio (1572) e o Forte São José (1872) e, no lado sul, o Reduto São Diogo (1618), fechando fogos com o São Martinho.

No dia 24 de junho de 1618 entra oficialmente em operação como unidade de Artilharia de Costa.

Seus bravos artilheiros protegeram, com inconteste bravura, a próspera e cobiçada Cidade do Rio de Janeiro; combateram corsários; participaram da polêmica Questão Christie, protagonizada pela Inglaterra e tomaram parte efetiva na Revolta da Armada, conturbado período político do início da República, assegurando a ordem vigente da então Capital Federal.

Durante as duas Grandes Guerras Mundiais, montaram importantes postos de vigilância na diuturna tarefa de alertar a tempo as movimentações das tropas agressoras.

Hoje, estás emudecida para a guerra. A sofisticação tecnológica não te permite os disparos defensivos que tanta segurança e proteção trouxeram à Cidade.

Estás voltada para a educação,  pesquisa, cultura e para a preservação do meio ambiente, das tradições e dos feitos de nossos antepassados, em perfeita simbiose com o CCFEx/FSJ, presta serviços de excelência e relevância na capacitação física dos combatentes do Exército, na formação de instrutores e monitores, na condução e apoio a importantes projetos sociais, e no desenvolvimento e apoio ao desporto nacional.

Através da Bateria Estácio de Sá, forma jovens para o Serviço Militar, é a legítima guardiã deste importante patrimônio e das suas tradições.

Abres também teus portões para acolher aqueles que, ávidos por conhecimento, querem saber da tua rica história, contada por Soldados Guias, que conduzem todos a uma inesquecível viagem no tempo, percorrida em teu bem preservado Sítio Histórico.

Parabéns Fortaleza de São João da Barra, pelos teus 403 anos de existência!  Calção Preto! Fé na Missão!

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Fonte: Arquivo CCFEx

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).