AFA marca presença no Desafio Agulhas Negras com foco em habilidades militares

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No período de 8 a 13 de setembro, cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) estiveram em Resende (RJ) para participar do quinto Desafio Agulhas Negras (DAN). A competição, realizada na AMAN, envolveu equipes de diversas escolas militares do Brasil e de países como Colômbia, Equador, Guiana e México. O evento reforçou as capacidades militares dos cadetes e promoveu uma rica troca de experiências entre os participantes.
Desafio Agulhas Negras: Testando habilidades e promovendo integração

O Desafio Agulhas Negras, criado em 2020, tem como principal objetivo desenvolver as habilidades militares dos cadetes e promover a integração entre escolas militares nacionais e internacionais. A edição deste ano foi composta por 36 horas de intensa competição, incluindo marchas, pistas de progressão, natação, equitação e tiro — todas atividades que testam não apenas a resistência física dos participantes, mas também suas habilidades técnicas e de trabalho em equipe.
A competição também é inspirada em grandes eventos militares internacionais, como a “Sandhurst Military Skills Competition”, organizada pela Academia Militar de West Point, nos Estados Unidos, e a “Chimaltlalli”, competição realizada no Heroico Colégio Militar do México. No DAN, os cadetes enfrentaram desafios físicos e táticos que simularam situações reais de combate e operações militares, permitindo o aprimoramento de suas habilidades de liderança e resiliência.
Além do desenvolvimento técnico, o Desafio Agulhas Negras promove uma forte camaradagem entre as diferentes forças armadas. A interação entre cadetes do Brasil e de países como Colômbia, Equador, Guiana e México foi um ponto alto do evento, permitindo que os futuros oficiais trocassem experiências sobre suas respectivas doutrinas e procedimentos militares. Esse intercâmbio de conhecimentos é essencial para fortalecer os laços de cooperação internacional, especialmente em operações conjuntas de segurança e defesa.
Participação da AFA no DAN: Superação e aprendizado

A AFA foi representada por 11 cadetes, sendo 9 homens e 2 mulheres, que enfrentaram os desafios com dedicação e espírito de equipe. Entre os participantes, a Cadete Gabriella Giroto de Oliveira, do 3° Esquadrão do Corpo de Cadetes da Aeronáutica (CCAer), destacou como a competição proporcionou oportunidades para o desenvolvimento atitudinal e pessoal. “Sendo do quadro de intendência, fiquei feliz em poder representar meu quadro e toda a Força Aérea”, comentou a cadete, ressaltando a importância do evento para sua formação.
Outro participante, o Cadete de Infantaria João Rodrigo Jamorigo Branco de Almeida, também do 3° Esquadrão, mencionou a oportunidade única de aprender sobre as diferentes doutrinas e procedimentos das Forças Armadas nacionais e internacionais. “Foi interessante observar dentro das oficinas e instruções as diferentes doutrinas e procedimentos entre as Forças Armadas Nacionais e Internacionais, bem como refletir sobre os desafios da interoperabilidade”, declarou.
A participação da AFA em competições internacionais similares, como a “Sandhurst Military Skills Competition” e a “Chimaltlalli”, também foi lembrada durante o evento. Essas experiências reforçam a importância de a Força Aérea Brasileira manter seus cadetes engajados em atividades que desenvolvem tanto suas habilidades técnicas quanto o trabalho em equipe. Mesmo não conquistando as primeiras colocações, a equipe da AFA retornou à academia com experiências inestimáveis, mostrando que o verdadeiro valor do desafio está no aprendizado contínuo e na superação de limites.
Interoperabilidade e laços internacionais no DAN
Um dos principais aspectos do Desafio Agulhas Negras é a promoção da interoperabilidade entre as diferentes forças armadas que participam do evento. A troca de conhecimentos e o treinamento conjunto com cadetes de outros países são essenciais para criar um ambiente de cooperação e confiança mútua. Essa interoperabilidade é cada vez mais importante em um mundo globalizado, onde as forças armadas precisam trabalhar em conjunto para enfrentar ameaças globais, como o terrorismo, o tráfico de drogas e a defesa do meio ambiente.
Além disso, o evento também proporcionou uma oportunidade para a prática de idiomas estrangeiros, um aspecto fundamental para os futuros oficiais que poderão participar de missões internacionais ou operações conjuntas com forças armadas de outros países. A interação com cadetes de nações amigas como Colômbia, Equador, Guiana e México é um exemplo de como a competição não só fortalece as habilidades técnicas, mas também a comunicação intercultural.
Com o término do evento, os cadetes da AFA e das demais academias participantes voltaram para suas respectivas instituições levando consigo a experiência de ter competido em um dos maiores desafios militares do Brasil, além de ter criado laços que, sem dúvida, contribuirão para a cooperação internacional no futuro. O Desafio Agulhas Negras mostra que o desenvolvimento de habilidades militares vai além da técnica: envolve também a construção de amizades, a troca de experiências e o aprendizado contínuo.
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