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A LAAD 2025 começou reafirmando seu papel de vitrine mundial para a indústria de defesa. No discurso de abertura, o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, destacou que o Brasil precisa investir em pesquisa, inovação e inserção global. Representantes de 40 países e mais de 400 empresas participam da feira, que deve consolidar novas parcerias estratégicas para o setor.
Panorama internacional e Programa de Delegações Oficiais
Um dos pontos altos da LAAD Defence & Security 2025 é o Programa de Delegações Oficiais, que reúne representantes de Ministérios da Defesa e Forças Armadas de todo o mundo. Para esta edição, a expectativa é superar 200 delegações, consolidando o evento como um dos maiores encontros internacionais voltados à cooperação em segurança e defesa. Essa estrutura favorece o diálogo entre governos, amplia oportunidades de exportação e fomenta acordos de transferência de tecnologia.
A presença de autoridades de países como Estados Unidos, Reino Unido, Finlândia, Angola e Moçambique, além de outras nações parceiras, reforça o caráter multilateral da LAAD. As agendas bilaterais realizadas paralelamente ao evento têm se mostrado fundamentais para o estreitamento de relações diplomáticas e comerciais, envolvendo tanto equipamentos militares quanto serviços estratégicos. O ambiente é fértil para iniciativas conjuntas, memorandos de entendimento e projetos integrados de inovação.
Com o apoio do governo brasileiro e articulação do Ministério da Defesa, a LAAD se firma como uma plataforma para o Brasil exercer soft power e construir uma imagem de liderança regional em segurança e defesa. Ao reunir diferentes culturas estratégicas, o evento também contribui para o fortalecimento da governança global em defesa, com foco em soluções sustentáveis, interoperabilidade e apoio humanitário.
Protagonismo da BIDS e inovação nacional
A Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) do Brasil marca presença expressiva na LAAD 2025, com 14 empresas associadas à ABIMDE expondo tecnologias de ponta em áreas como blindagem, segurança da informação, automação, comunicação tática e sensoriamento remoto. Essa participação demonstra a capacidade da indústria brasileira de gerar soluções competitivas em um cenário global altamente tecnológico e exigente.
O presidente do Conselho de Administração da ABIMDE, Luiz Teixeira, ressaltou que a BIDS não é apenas um vetor de defesa, mas também um agente de transformação econômica, responsável por 3,58% do PIB nacional e por mais de 2,9 milhões de empregos. Além de garantir a autonomia tecnológica do país, a indústria fomenta o desenvolvimento regional, qualifica mão de obra e gera conhecimento por meio da integração com centros de pesquisa e universidades.
Outro ponto enfatizado foi a necessidade de um ambiente regulatório favorável para que a BIDS se expanda internacionalmente. Políticas públicas que incentivem o crédito, desonerem a cadeia produtiva e promovam a internacionalização são fundamentais para consolidar o Brasil como exportador estratégico de produtos e serviços de defesa, garantindo previsibilidade e sustentabilidade à indústria nacional.
A visão estratégica da LAAD para o Brasil e o mundo
Mais do que uma feira, a LAAD se consolida como uma plataforma de projeção internacional do Brasil, conectando o país aos grandes temas da segurança global, como ciberdefesa, inteligência artificial, autonomia energética e enfrentamento de ameaças híbridas. O evento atua como espelho da política de defesa brasileira, que busca equilibrar soberania, inovação e inserção internacional.
O Ministro da Defesa, José Múcio, afirmou que a LAAD “é um marco para novos negócios e oportunidades”, e que a defesa deve ser entendida como vetor de desenvolvimento nacional. Nesse contexto, a feira não apenas impulsiona acordos comerciais, mas também promove debates estratégicos e influencia a formulação de políticas públicas em segurança, inovação e indústria.
Por meio da articulação entre governo, Forças Armadas, academia e setor produtivo, o Brasil aproveita a LAAD para reafirmar sua vocação como potência regional e ator global responsável. A feira reforça a importância de investir em pesquisa, doutrina e capacitação, garantindo que o país esteja preparado para os desafios contemporâneos e para uma participação ativa na construção de um ambiente internacional mais seguro e cooperativo.
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