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Em 18 de janeiro de 1937, o Brasil testemunhou um marco na aviação. O Decreto nº 1.383 aprovou orçamentos para um empreendimento audacioso: o Aeroporto Bartolomeu de Gusmão, em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. Esta estrutura foi projetada para acomodar os gigantes do ar – os dirigíveis Graf Zeppelin e Hindenburg, ambos produtos da engenharia alemã da Luftschiffbau Zeppelin.
Conexão Transatlântica
Entre 1931 e 1937, a Deutsche Luft Hansa (renomeada Lufthansa em 1933) operou voos transatlânticos, ligando a Alemanha ao Brasil. Estes voos eram realizados pelos dirigíveis LZ 127 Graf Zeppelin e LZ 129 Hindenburg, estabelecendo o Rio de Janeiro como um ponto nodal para viagens aéreas na América do Sul. A Syndicato Condor, subsidiária brasileira da Lufthansa, conectava o Rio a destinos sul-americanos, marcando uma era de expansão e integração aérea.
Inauguração e Estrutura
O aeroporto, inaugurado em 26 de dezembro de 1936 por Getúlio Vargas e com a presença do embaixador alemão Schmidt Elskop, simbolizou a modernidade e a aproximação entre Brasil e Alemanha. A estrutura incluía um campo de pouso, hangar, alfândega, prédios administrativos e operacionais, alojamentos e uma fábrica de hidrogênio, conectada à cidade por uma linha férrea de 54 km.
Legado e Transformação
O hangar do Zeppelin, único remanescente original no mundo, foi tombado como Patrimônio Cultural Nacional em 14 de março de 1999, ressaltando sua importância histórica. Em 12 de fevereiro de 1942, o local foi transformado na Base Aérea de Santa Cruz, chave na atuação da Força Aérea Brasileira, marcando uma transição da era dos dirigíveis para a moderna aviação militar.
Com informações da INCAER e Museu Aeroespacial
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