No universo do jornalismo, aqueles que escolhem se especializar em determinados setores costumam ser guiados por uma profunda paixão por seu tema. No caso dos jornalistas especializados em defesa, seu principal foco está em iluminar as conquistas e o potencial das forças armadas de seu país. Esta paixão conduz a uma cobertura meticulosa e rica em detalhes, essencial para trazer à luz aspectos complexos e muitas vezes incompreendidos da defesa nacional.

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A Tríade da Defesa: Forças Armadas, Indústria e Academia

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Cursos nas Escolas de Altos Estudos das Forças Armadas

O trabalho de um jornalista especializado em defesa se estende para além da cobertura das forças armadas. Também entra em jogo a cobertura das indústrias de defesa, entidades cruciais que alimentam e mantêm o funcionamento das forças armadas, gerando grande quantidade de empregos. Além disso, a academia — os cientistas e estudantes que pesquisam inovações e alternativas — forma a terceira perna deste trípode. Este vasto campo de conhecimento demanda uma compreensão abrangente e profunda por parte do jornalista.

Os Desafios da Cobertura em Defesa

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Cobertura da Operação Amazônia

Apesar da necessidade de um profundo conhecimento técnico, o jornalista especializado em defesa enfrenta desafios significativos. A dificuldade em obter patrocínios para cobrir operações militares, cerimônias ou novas conquistas das forças armadas, se deve ao baixo retorno financeiro proporcionado por esta área. Cobrir uma manobra ou operação significa menos dias dedicados a trabalhos que poderiam oferecer um retorno mais imediato. Esta realidade torna a situação financeira dos profissionais que cobrem a defesa especialmente precária.

Buscando Suporte: A Necessidade de Patrocínio

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Retorno de uma Missão em Brasília.

Quem se dedica ao jornalismo especializado em defesa o faz por paixão, mas sem o apoio de empresas, a missão se torna extremamente onerosa. A sobrevivência destes profissionais e a continuidade de seu trabalho vital dependem do suporte financeiro que, atualmente, é insuficiente. Por isso, há um clamor crescente por patrocínios que permitam a estes jornalistas continuar a fornecer uma cobertura precisa e apaixonada sobre as forças que protegem nosso país.

Este artigo oferece um olhar sobre a realidade muitas vezes oculta do jornalismo especializado em defesa, destacando a paixão, a dedicação e os desafios enfrentados por esses profissionais. A esperança é que, ao lançar luz sobre estes obstáculos, possamos começar a buscar soluções para apoiá-los em seu trabalho vital.

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).