1º Esquadrão Aeromóvel explora doutrina com mísseis anticarro

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Em meio a um cenário geopolítico que exige agilidade tática e letalidade de precisão, o 1º Esquadrão de Cavalaria Aeromóvel mergulhou em uma imersão técnica entre Osasco e São José dos Campos. A tropa participou de uma jornada estratégica, onde o míssil SPIKE e o nacional MAX 1.2 protagonizaram a redefinição do combate anticarro. A experiência não apenas aproximou o combatente da tecnologia, mas também pavimentou novos caminhos doutrinários para o emprego integrado de armamentos de alta tecnologia na Brigada de Infantaria Aeromóvel.

Inovação técnica: a inserção dos mísseis SPIKE e MAX 1.2 no combate aeromóvel

Militar apresenta conceito de anticarro em sala de aula.

A visita à 1ª Companhia de Anticarro Mecanizada, em Osasco-SP, proporcionou à tropa do 1º Esquadrão de Cavalaria Aeromóvel um mergulho técnico no sistema de mísseis SPIKE, de origem israelense. Considerado um dos mais avançados mísseis anticarro do mundo, o SPIKE oferece capacidade de engajamento além da linha de visada, modularidade de lançamento e alta precisão contra alvos móveis ou fortificados. Os militares exploraram seus simuladores, módulos de controle e características operacionais.

No dia seguinte, a comitiva seguiu para São José dos Campos-SP, onde a empresa SIATT apresentou o míssil nacional MAX 1.2, desenvolvido com foco em mobilidade e integração com plataformas leves, como as da tropa aeromóvel. Diferente do SPIKE, o MAX 1.2 é um vetor de produção nacional, com grande potencial de adaptação a doutrinas brasileiras e custo mais acessível. Sua presença simboliza uma nova etapa na consolidação de uma capacidade estratégica autóctone em armamento inteligente.

Impacto doutrinário e social na formação do combatente aeromóvel

Soldados operando equipamento militar em sala de controle.

A exposição direta a armamentos de alta tecnologia impacta não apenas as capacidades táticas da tropa, mas também sua cultura operacional. A Cavalaria Aeromóvel, por natureza leve e móvel, ganha agora uma dimensão anticarro robusta, que antes era delegada apenas a frações mais pesadas. O intercâmbio com a 1ª Cia AC Mec permitiu que os militares repensassem a forma de operar em ambientes hostis com ameaças blindadas.

Além do aprendizado técnico, o contato com o ambiente de inovação despertou nos militares o senso de pertencimento à evolução doutrinária. A instrução não se limitou ao conhecimento do armamento: incluiu discussões sobre cenários táticos futuros, planejamento de emboscadas e atuação em áreas urbanizadas, sempre respeitando a natureza leve da tropa. Essa experiência fortalece o moral, estimula a busca por capacitação e solidifica o elo entre tecnologia e preparo humano.

Integração estratégica entre indústria nacional e tropas operacionais

A presença da SIATT na visita técnica representa mais do que uma simples demonstração de produto: sinaliza uma parceria estratégica entre o setor industrial de Defesa e o Exército Brasileiro. O desenvolvimento do MAX 1.2 é um exemplo concreto de como a Base Industrial de Defesa (BID) pode responder às necessidades específicas das tropas operacionais, entregando soluções adaptadas à realidade nacional.

A interação entre os engenheiros da SIATT e os oficiais da Cavalaria foi marcada por troca de ideias, sugestões de melhorias e análise de cenários possíveis. Essa retroalimentação entre campo e fábrica é essencial para garantir que o armamento não seja apenas eficaz tecnicamente, mas também plenamente funcional no terreno. O alinhamento entre doutrina, tecnologia e produção nacional fortalece a soberania, otimiza os recursos públicos e promove autonomia estratégica para as Forças Armadas brasileiras.

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