Setor de Defesa gera 2,9 milhões de empregos e bate novo marco

Indústria de defesa: avião, navio, veículo militar, trabalhadores.
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Enquanto o mundo observa atentamente os rumos da geopolítica global, o Brasil avança em sua soberania industrial de defesa. O setor não apenas alcançou US$ 1,31 bilhão em exportações, mas também já emprega milhões de brasileiros e responde por 3,58% do PIB nacional. O ritmo atual indica que o país poderá superar o desempenho histórico de 2024, ano em que bateu o maior volume de vendas externas da última década.

Base Industrial de Defesa (BID) e sua infraestrutura tecnológica

A Base Industrial de Defesa (BID) brasileira conta atualmente com 283 empresas registradas e um portfólio de 2.064 produtos, que vão desde aeronaves e embarcações até soluções cibernéticas de segurança, radares, armamentos e sistemas de comunicação segura. Este arsenal tecnológico reflete o esforço do país em alcançar autonomia estratégica e consolidar uma estrutura capaz de atender às necessidades das Forças Armadas e competir no cenário internacional.

A projeção do Ministério da Defesa para os próximos anos é ambiciosa: alcançar 75% de domínio sobre tecnologias críticas até 2033, com foco em radares, satélites, foguetes e inteligência cibernética. Atualmente, esse índice está em 42%, com expectativa de chegar a 55% já em 2026. Essa evolução não só fortalece a soberania tecnológica do Brasil, como amplia a capacidade de exportar produtos de alta complexidade e valor agregado.

Papel social e econômico do setor de Defesa no Brasil atual

Mais do que atender a demandas militares, o setor de defesa nacional é um dos grandes pilares da economia brasileira, gerando 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos. A BID responde por 3,58% do Produto Interno Bruto (PIB), demonstrando sua relevância também como vetor de desenvolvimento industrial, inovação e inclusão regional.

Os empregos gerados vão muito além dos centros urbanos. Diversas unidades da BID estão distribuídas em regiões com baixo índice de industrialização, o que permite gerar renda, capacitar mão de obra técnica e atrair investimentos locais. Além disso, a complexidade dos sistemas produzidos exige engenheiros, técnicos, cientistas e operários especializados, criando uma cadeia produtiva sofisticada e nacionalizada.

Projeção internacional e crescimento sustentável das exportações

Com exportações para cerca de 140 países, a indústria de defesa brasileira se consolida como fornecedora global de produtos de alta performance. Apenas no primeiro semestre de 2025, as vendas externas atingiram US$ 1,31 bilhão, o que representa 73,6% do total exportado em todo o ano de 2024 — quando o país alcançou seu recorde de US$ 1,78 bilhão.

A liderança da BID em setores como o aeronáutico, que representa 34% das exportações, mostra que o Brasil vem sendo reconhecido por sua capacidade tecnológica e confiabilidade industrial. Segundo o Secretário de Produtos de Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues, o crescimento é impulsionado por políticas de financiamento, seguro de exportações e apoio comercial direto às empresas, o que permite competitividade frente a potências tradicionais do setor.

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