Rebocador “Laurindo Pitta” entra em manutenção após 8 anos

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Testemunha viva da Primeira Guerra Mundial, o centenário Rebocador “Laurindo Pitta” entrou em docagem no dia 15 de maio, no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), após um intervalo de oito anos sem manutenção em dique. A embarcação, que hoje cumpre papel cultural no Espaço Cultural da Marinha, passará por um intenso processo de conservação técnica, assegurando sua operação contínua até pelo menos o dia 15 de agosto. Com mais de um século de história, o “Laurindo Pitta” é o último navio da Divisão Naval em Operações de Guerra (DNOG) ainda em atividade no mundo.
Manutenção estratégica para longevidade histórica
Durante o período de manutenção, o rebocador será submetido a limpeza e inspeção das obras vivas e obras mortas, além de verificações em tanques de bordo, hélices, linhas de eixos e no quadro elétrico. As ações técnicas buscam manter a embarcação em condições operacionais seguras e eficientes, preservando sua integridade histórica sem comprometer a funcionalidade.
O trabalho é conduzido no Dique “Almirante Regis”, uma das estruturas mais importantes do AMRJ, onde técnicas modernas de engenharia naval e ferramentas de inspeção não destrutiva são aplicadas. O objetivo é garantir que esse patrimônio centenário continue a cumprir seu papel educacional e simbólico na Baía de Guanabara, onde realiza passeios culturais para o público.
Um patrimônio flutuante da história naval brasileira
O “Laurindo Pitta” foi construído na Inglaterra em 1910, por encomenda do governo brasileiro, e integrou, em 1918, a DNOG — unidade naval que representou o Brasil na Primeira Guerra Mundial. Seu papel logístico foi fundamental para o apoio às operações no Atlântico, tornando-o símbolo da presença brasileira no conflito global.
Atualmente, como parte do acervo do Espaço Cultural da Marinha, o rebocador serve à memória nacional, oferecendo à população experiências de imersão histórica e educativa. Navegar a bordo do “Laurindo Pitta” é reviver um capítulo significativo da história militar e marítima do país, sob a condução de um dos últimos exemplares em funcionamento daquela época.
AMRJ e a missão de preservar o passado e manter o futuro
A docagem no AMRJ evidencia o papel fundamental do Arsenal de Marinha na manutenção de meios navais estratégicos, sejam eles de emprego atual ou de valor histórico. A instituição alia capacidade técnica à sensibilidade cultural, mantendo em operação embarcações que, como o “Laurindo Pitta”, são símbolos vivos da história brasileira.
Ao investir na conservação de seu patrimônio flutuante, a Marinha do Brasil demonstra que sua missão vai além da defesa: ela também é guardiã da memória, da cultura e da identidade nacional.
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