|

Navio-escola Capitán Miranda atraca no Rio de Janeiro em visita diplomática

Não fique refém dos algoritmos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

O navio-escola Capitán Miranda, da Marinha do Uruguai, chegou ao Rio de Janeiro na última quinta-feira (12), onde foi recebido por representantes da PortosRio, da Guarda Portuária e da Marinha do Brasil. Com 61 metros de comprimento e uma história que remonta a 1930, a embarcação permanecerá atracada no porto carioca até domingo (15), como parte de seu programa de instrução militar e diplomática pela América do Sul.

História e missão do Capitán Miranda: um embaixador dos mares

Construído em 1930, na Espanha, o Capitán Miranda foi inicialmente projetado como um navio para pesquisa hidrográfica. Durante décadas, a embarcação desempenhou um papel crucial no mapeamento e estudo das águas ao redor do Uruguai e outras partes do Atlântico Sul. No entanto, em 1978, a embarcação passou por uma importante transformação, sendo convertida em um navio-escola, papel que desempenha até os dias de hoje.

O Capitán Miranda se tornou um símbolo da Marinha do Uruguai e um verdadeiro “embaixador dos mares”. Sua principal missão agora é a formação de novos militares, oferecendo um ambiente prático para que cadetes e futuros oficiais possam aprender habilidades essenciais para suas carreiras navais. Navegar em uma embarcação com mais de 90 anos de história traz a esses jovens a oportunidade de vivenciar os desafios e as tradições da vida no mar.

O nome do navio é uma homenagem ao Capitão Francisco Prudêncio Miranda, um notável hidrógrafo da Armada do Uruguai, cuja contribuição para o desenvolvimento da navegação e dos estudos marítimos é amplamente reconhecida. O Capitán Miranda, com seu legado e tradição, serve não apenas como uma plataforma de instrução, mas também como um símbolo do compromisso do Uruguai com a formação de marinheiros e com a diplomacia naval internacional.

A visita ao Rio de Janeiro: diplomacia e cooperação naval

blank
Foto: PortosRio

A atracação do Capitán Miranda no Porto do Rio de Janeiro faz parte de uma série de visitas a países da América do Sul e ao Nordeste do Brasil, como parte de sua viagem de instrução. Durante esse percurso, a embarcação se tornou um instrumento diplomático, fortalecendo as relações entre o Uruguai e os países vizinhos, incluindo o Brasil. No Rio de Janeiro, o navio foi recebido por autoridades da Marinha do Brasil, da Guarda Portuária e da PortosRio, que saudaram a tripulação e os cadetes a bordo.

Essa visita ao Brasil não é apenas uma oportunidade de instrução para os futuros oficiais uruguaios, mas também um momento importante de cooperação entre as Marinhas dos dois países. As interações entre as forças navais reforçam os laços de amizade e colaboração na região. Durante a estadia no Rio de Janeiro, estão programadas atividades conjuntas entre as tripulações, além de visitas de cortesia e eventos que celebram a diplomacia naval.

O Capitán Miranda já navegou por diversas cidades, incluindo outros países sul-americanos e cidades no Nordeste brasileiro, como parte de sua missão de promover a paz e a cooperação entre as nações. Essa jornada pela América do Sul representa mais do que uma simples viagem de treinamento: é um símbolo da unidade regional e do compromisso com a colaboração entre países vizinhos.

A formação de novos militares a bordo: um programa de instrução em alto-mar

A bordo do Capitán Miranda, os cadetes uruguaios participam de um intenso programa de instrução em alto-mar. Esse treinamento é considerado fundamental para a formação prática dos futuros oficiais da Marinha do Uruguai. Os cadetes são expostos a uma série de atividades que simulam as condições reais de navegação, enfrentando os desafios do mar e colocando em prática as teorias aprendidas nas academias militares.

O programa inclui uma variedade de disciplinas técnicas, como navegação, manobra de navios, meteorologia, comunicações e sistemas de propulsão. Além disso, a formação também aborda aspectos práticos da vida a bordo, como manutenção do navio, segurança e operações de emergência. O ambiente real de treinamento permite que os cadetes ganhem experiência em situações de liderança e trabalho em equipe, fundamentais para o sucesso nas operações navais.

Outro aspecto importante da formação é o desenvolvimento de habilidades diplomáticas. Como o Capitán Miranda visita portos de vários países, os cadetes têm a oportunidade de interagir com militares e civis de outras nações, promovendo o intercâmbio cultural e reforçando a diplomacia militar do Uruguai. Essas interações ajudam a moldar futuros líderes navais que compreendem a importância da cooperação internacional para a segurança e estabilidade marítima.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Apoio

Publicações Relacionadas