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Max Wolf Filho: 80 anos do legado do sargento símbolo da FEB

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Em 12 de abril de 1945, nas encostas de Montese, na Itália, o Sargento Max Wolf Filho tombou sob fogo inimigo enquanto liderava uma patrulha da Força Expedicionária Brasileira (FEB). O tempo passou, mas seu exemplo de coragem, lealdade e sacrifício segue vivo no imaginário do Exército Brasileiro. Hoje, 80 anos após sua morte, a memória de Max Wolf é celebrada como símbolo da bravura dos combatentes brasileiros na Segunda Guerra Mundial.

Atuação Tática e Reconhecimento no Front Italiano

Soldados marchando em campo durante a Segunda Guerra Mundial.

Durante a campanha da FEB na Itália, as ações de patrulha e reconhecimento desempenharam um papel crucial para o avanço dos aliados. Essas operações exigiam precisão, silêncio, leitura de terreno e, sobretudo, coragem. Max Wolf destacou-se nessas missões pela liderança espontânea e pela disposição em assumir os riscos à frente de seus homens — o que lhe valeu o apelido de “Rei dos Patrulheiros”.

Na sua última missão, no dia 12 de abril de 1945, Max liderava uma patrulha em direção ao ponto cotado 747, nas imediações de Montese, quando foi atingido por rajadas de metralhadora. Seu sacrifício ocorreu em uma ação estratégica para a conquista daquele setor, que dias depois seria tomado pelas forças brasileiras. Sua morte marcou profundamente os companheiros e consolidou seu nome como exemplo de bravura tática e heroísmo silencioso.

Símbolo de Liderança e Valores Militares

Soldados americanos na Segunda Guerra Mundial em campo.

Mais do que um combatente exemplar, Max Wolf era conhecido pelo trato humano com seus subordinados, combinando firmeza e cuidado. Essa conduta forjou laços de respeito e admiração entre oficiais, praças e até mesmo militares do V Exército de Campanha dos Estados Unidos, ao qual a FEB estava incorporada.

Sua trajetória inspira gerações de militares, especialmente os sargentos do Exército, cuja formação ética e operacional carrega os princípios que Max viveu intensamente. Sua figura representa o ideal do líder que comanda pelo exemplo, que cuida dos seus e que enfrenta o inimigo com determinação. Ao longo do tempo, tornou-se uma das figuras mais respeitadas da história da FEB, sendo referência permanente na Escola de Sargentos das Armas, em Três Corações (MG), que leva seu nome como denominação histórica.

Legado na História Militar Brasileira

Filho de imigrantes alemães, nascido em Rio Negro (PR), Max Wolf alistou-se aos 18 anos e construiu sua carreira no então 15º Batalhão de Caçadores, hoje 20º Batalhão de Infantaria Blindado, que ostenta a denominação histórica “Batalhão Sargento Max Wolf Filho”. Sua memória é perpetuada em logradouros públicos, instituições militares e na Medalha Sargento Max Wolf Filho, uma das mais importantes distinções concedidas às praças do Exército.

Pelas suas ações em combate, Max foi condecorado com quatro medalhas: Medalha de Campanha, Sangue do Brasil, Cruz de Combate de 1ª Classe e Bronze Star, esta última concedida pelos Estados Unidos. Além das condecorações, o maior reconhecimento é seu lugar definitivo no panteão dos heróis nacionais, como soldado que representou com honra, bravura e dignidade o Brasil em um dos momentos mais dramáticos da história mundial.

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