Marinha coordena debates sobre navios autônomos, cibersegurança e combustíveis na IMO

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Em preparação para a 110ª reunião do Comitê de Segurança Marítima (MSC 110) da Organização Marítima Internacional (IMO), a Marinha do Brasil reuniu, no dia 9 de junho, representantes de 11 ministérios e órgãos estratégicos para coordenar a posição nacional sobre temas críticos como navios autônomos, segurança cibernética e o uso de combustíveis alternativos. A iniciativa reforça o protagonismo brasileiro nos debates internacionais sobre segurança da navegação.
Principais Temas Técnicos em Discussão: Navios Autônomos, Cibersegurança e Combustíveis Alternativos
Durante a reunião da Comissão Coordenadora para os Assuntos da IMO (CCA-IMO), presidida pelo Contra-Almirante Anderson Marcos Alves da Silva, foram discutidos os principais desafios técnicos que o Brasil apresentará na MSC 110, que ocorrerá de 18 a 27 de junho, em Londres.
Um dos destaques foi a discussão sobre os Navios Autônomos de Superfície Marítimos (MASS). O Brasil acompanha de perto o desenvolvimento de normas internacionais de segurança para essas embarcações, visando garantir que sua operação não represente riscos à navegação tradicional.
Outro tema crítico foi a segurança cibernética marítima, com foco na resiliência das infraestruturas portuárias e dos sistemas de bordo, frente ao aumento de ameaças cibernéticas globais. O Brasil defende a adoção de diretrizes internacionais para avaliação contínua de vulnerabilidades.
A pauta técnica também incluiu os desafios relacionados ao uso de combustíveis alternativos, como o hidrogênio e o GNL, essenciais para a transição energética no transporte marítimo, mas que trazem novas demandas em termos de segurança operacional e regulamentação internacional.
A Importância da Atuação Multiministerial e a Representatividade Brasileira na IMO
A reunião contou com a participação de representantes de 11 ministérios brasileiros, incluindo Defesa (MD), Justiça e Segurança Pública (MJSP), Fazenda (MF), Infraestrutura e Portos (MPOR), Minas e Energia (MME), Meio Ambiente (MMA), Trabalho (MTE), Indústria e Comércio (MDIC), Ciência e Tecnologia (MCTI), Pesca e Aquicultura (MPA) e Agricultura (MAPA). Também esteve presente a Antaq, como órgão convidado.
Essa articulação interministerial fortalece a posição do Brasil na IMO, garantindo que as decisões sejam fruto de um consenso técnico e político, alinhado aos interesses nacionais, abrangendo desde a segurança da navegação até as questões ambientais e econômicas.
A preparação conjunta também demonstra o compromisso do Brasil com a governança marítima internacional, promovendo uma participação técnica qualificada e politicamente representativa nos fóruns multilaterais.
O Papel da Marinha na Defesa dos Interesses Marítimos Brasileiros no Cenário Internacional
A Marinha do Brasil, por meio do Estado-Maior da Armada (EMA) e da CCA-IMO, tem desempenhado papel central na coordenação nacional para as agendas da IMO. Além de sua função operacional e de segurança, a Marinha atua como órgão técnico assessor, garantindo que os interesses marítimos brasileiros sejam devidamente defendidos nas instâncias internacionais.
Além das questões de segurança física, a atuação da Marinha envolve temas como proteção ambiental, gestão de riscos tecnológicos, acesso a dados de rastreamento de embarcações (como no caso da proposta brasileira de reestruturação do sistema LRIT) e o acompanhamento de novas tecnologias marítimas.
A participação ativa do Brasil na IMO reforça o papel do país como um ator relevante na formulação de políticas globais para a segurança da navegação e o desenvolvimento sustentável do transporte marítimo internacional.
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