Exército realiza atendimentos médicos na selva

Soldados prestam atendimento médico em rede.
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No coração da selva, homens fardados e jalecos brancos atuaram lado a lado para garantir assistência médica de qualidade às etnias Jaminawa e Manchineri. A missão do 4º Batalhão de Infantaria de Selva (4º BIS), além de salvar vidas, exemplifica o conceito da Força Terrestre como “Mão Amiga” do Brasil profundo.

Logística e planejamento da operação

Soldado brasileiro preenchendo documentos em mesa rústica.

Realizar uma operação de saúde em áreas indígenas isoladas exige mais do que boa vontade — demanda planejamento logístico preciso, coordenação interinstitucional e prontidão operacional. A missão, conduzida pelo Comando de Fronteira Acre/4º BIS, foi planejada em cooperação com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), envolvendo deslocamentos fluviais, terrestres e aéreos em uma das regiões mais desafiadoras do país.

As equipes médicas militares, formadas por médicos, enfermeiros e técnicos de saúde, foram transportadas em embarcações e viaturas adaptadas à geografia amazônica. Kits de atendimento de urgência, medicamentos e equipamentos de primeiros socorros foram levados com o apoio de balsas e helicópteros. Duas evacuações aeromédicas, realizadas com a aeronave do SAMU, evidenciam o alto grau de integração e eficiência da operação, que se manteve ativa em tempo real com centrais de comando médico e militar.

Impacto social nas comunidades indígenas

Soldado auxilia crianças em atendimento médico.

Ao todo, mais de 400 atendimentos médicos foram realizados, beneficiando diretamente os povos Jaminawa e Manchineri, que vivem em áreas de difícil acesso e muitas vezes sem cobertura regular de saúde. Para essas comunidades, a presença do Exército vai além do cuidado clínico: representa acolhimento, proteção e reconhecimento.

A chegada dos militares foi recebida com manifestações de gratidão por parte das lideranças indígenas. Muitos relataram a sensação de “não estarem esquecidos” pelo Estado. O intercâmbio entre militares e indígenas também possibilitou a coleta de informações sobre condições sanitárias locais, contribuindo para o planejamento de futuras ações de saúde. Em várias aldeias, foram identificadas demandas recorrentes relacionadas à infecção respiratória, desnutrição infantil e controle de doenças endêmicas, que passarão a ser monitoradas com mais regularidade.

Exército como vetor de integração nacional

Mais do que cumprir uma missão operacional, a atuação do Exército nessa operação de saúde reafirma o seu papel como instrumento de integração nacional. Em áreas remotas da Amazônia, onde a presença do Estado é muitas vezes intermitente, o Exército surge como a linha de contato entre a população e os serviços essenciais. Ao levar saúde, segurança e solidariedade, a Força Terrestre concretiza seu lema: “Braço Forte, Mão Amiga”.

Além disso, a iniciativa contribui para a consolidação da soberania nacional sobre áreas de fronteira, onde ameaças como tráfico, garimpo ilegal e avanço de doenças transmissíveis coexistem com a fragilidade dos serviços públicos. A presença militar não é apenas estratégica — é humanitária, demonstrando que a proteção da Amazônia também se faz com ações de cuidado e respeito às culturas originárias.

O 4º BIS, ao lado de outras unidades da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, segue como exemplo do que significa servir ao Brasil com dedicação, competência e empatia.

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