Exército Brasileiro moderniza norma de dados geoespaciais

Mapa geográfico do Exército Brasileiro, 1ª Edição 2025.
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Em um movimento que alia inovação tecnológica e soberania nacional, o Exército Brasileiro, por meio da Diretoria de Serviço Geográfico (DSG), lançou uma nova norma técnica que revoluciona a representação de dados geoespaciais no país. A medida padroniza, pela primeira vez, o uso de cartas ortoimagemimagens de satélite ortorretificadas — fundamentais para aplicações em defesa, meio ambiente e planejamento urbano.

Aspectos técnicos e inovação da nova Especificação ET-RDG

A nova Especificação Técnica para Representação de Dados Geoespaciais (ET-RDG) representa um marco para a modernização da cartografia brasileira. A norma introduz critérios objetivos para a representação gráfica e simbólica de imagens ortorretificadas, conhecidas como cartas ortoimagem, utilizadas em escalas diversas. Essa inovação preenche uma lacuna histórica na regulamentação nacional, oferecendo padrões claros, atualizados e compatíveis com a evolução tecnológica dos sensores remotos.

Entre os avanços, destaca-se a integração de dados multisensoriais, o que permite melhor aproveitamento de fontes como satélites ópticos, radar e drones. Com isso, o Exército consolida sua liderança na produção de dados geoespaciais de alta precisão, fundamentais tanto para aplicações militares quanto civis, como o mapeamento de áreas de risco e planejamento de operações logísticas.

Impacto da padronização para a sociedade civil e defesa nacional

O alcance da norma vai além dos quartéis. Ao estabelecer diretrizes modernas e acessíveis para o uso de dados geográficos padronizados, o Exército fortalece a base para políticas públicas mais eficientes e decisões estratégicas informadas em diversas áreas, como mobilidade urbana, agricultura, segurança ambiental e saúde pública.

Na defesa nacional, o impacto é direto: ao contar com cartografia confiável e atualizada, a Força Terrestre pode planejar com mais precisão ações operacionais, além de apoiar agências de proteção civil em situações de desastre. Para a sociedade civil, a existência de um referencial cartográfico oficial e padronizado contribui para reduzir desigualdades no acesso à informação geográfica de qualidade, fomentando a inclusão digital e territorial.

Alinhamento internacional e protagonismo geoespacial do Brasil

A publicação da ET-RDG também insere o Brasil em um contexto de excelência internacional em geoinformação. A norma foi construída com base nas melhores práticas globais, incluindo referências do Comitê de Informações Geoespaciais das Nações Unidas (UN-GGIM) e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), assegurando interoperabilidade com sistemas de dados utilizados por parceiros internacionais.

Com essa iniciativa, a Diretoria de Serviço Geográfico do Exército reafirma seu papel estratégico como instituição responsável por normatizar e promover a infraestrutura geoespacial brasileira. Em um mundo cada vez mais orientado por dados, o Brasil se posiciona como um dos países latino-americanos mais avançados em termos de governança geográfica, fortalecendo sua autonomia tecnológica e sua capacidade de cooperação internacional.

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