Economia do Mar: oportunidades e desafios para o século XXI

Porto ao entardecer com guindastes e barco.
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À medida que os oceanos se tornam protagonistas no debate global sobre sustentabilidade e desenvolvimento, cresce a atenção para a Economia do Mar — um conceito que abrange atividades produtivas ligadas ao uso responsável dos recursos marinhos. No caso do Brasil, com mais de 8 mil quilômetros de litoral e a vasta Amazônia Azul, as oportunidades são imensas, mas os desafios exigem políticas públicas sólidas e visão estratégica de longo prazo.

O que é a Economia do Mar e seu impacto no Brasil

A Economia do Mar ou economia azul envolve setores como exploração de petróleo offshore, pesca, navegação comercial, turismo costeiro, portos, biotecnologia marinha e energias renováveis oceânicas. Juntas, essas atividades representam cerca de 19% do PIB brasileiro, segundo estudos da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM).

Além de gerar empregos e divisas, essas atividades consolidam o país como potência marítima em construção. A zona econômica exclusiva brasileira, parte da Amazônia Azul, abriga os principais campos de petróleo do país, vastas reservas de biodiversidade e o potencial para energias alternativas como a eólica offshore e a conversão da energia das ondas em eletricidade.

Sustentabilidade e governança: os pilares de uma economia azul eficaz

Para que a Economia do Mar se desenvolva de maneira equilibrada, é essencial que se adote uma abordagem baseada na sustentabilidade, ciência e governança integrada. O Brasil ainda enfrenta lacunas regulatórias, falta de planejamento costeiro unificado e ausência de políticas públicas robustas que conectem os setores produtivos às agendas ambiental e de defesa.

A proteção dos ecossistemas marinhos, a fiscalização da pesca, o combate ao lixo no mar e o controle de atividades poluentes são tarefas que exigem cooperação entre governos, setor privado, academia e sociedade civil. A governança eficaz da Amazônia Azul deve ser orientada pelo uso sustentável dos recursos naturais, garantindo resiliência ecológica e oportunidades econômicas de longo prazo.

Oportunidades estratégicas da Economia do Mar para o século XXI

No cenário geopolítico e econômico internacional, a Economia do Mar transforma-se em ativo estratégico para países com vasto território marítimo, como o Brasil. O avanço de cadeias produtivas azuis, o domínio de tecnologias navais e o investimento em inovação marinha podem colocar o país na vanguarda da economia oceânica global.

Projetos como o PROSUB, a consolidação de hubs portuários sustentáveis e a valorização da biotecnologia marinha posicionam o Brasil para se tornar um líder em inovação azul e sustentabilidade oceânica. Ao priorizar o mar como vetor de desenvolvimento e soberania, o país não apenas fortalece sua economia, mas assume um papel proeminente na governança dos mares e no enfrentamento das mudanças climáticas.

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