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CCOPAB treina tropas para missão humanitária no México

Militares assistem apresentação sobre Operação Forja 2025.
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O cenário é a cidade de São Gabriel, interior do Rio Grande do Sul. Ali, o 6º Batalhão de Engenharia de Combate foi transformado em um centro de instrução humanitária. Sob coordenação do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), o pelotão brasileiro se prepara para atuar na Operação PÉEKÁAMBA 2025, um exercício de ajuda humanitária que simulará catástrofes naturais. O treinamento, mais do que técnico, carrega uma missão: salvar vidas e fortalecer os laços entre nações.

Treinamento técnico do CCOPAB e os desafios da preparação

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Durante o período de 16 a 27 de junho de 2025, a Equipe Móvel do CCOPAB esteve presente em São Gabriel ministrando instruções especializadas ao Pelotão de Engenharia. Os militares foram submetidos a cenários simulados de catástrofe, com ênfase em protocolos de resposta a desastres naturais. Um dos principais módulos abordou o funcionamento de Centros Temporários de Concentração de Cadáveres, uma estrutura essencial para garantir a dignidade e a identificação de vítimas em situações de calamidade.

Outro ponto alto foi o treinamento para o estabelecimento de Pontes Aéreas, técnica crucial para a movimentação rápida de pessoas, equipamentos e suprimentos em ambientes isolados ou destruídos. As instruções incluíram logística de campo, planejamento de voos, segurança da operação e articulação com organismos civis e internacionais. A preparação, criteriosa e minuciosa, visa garantir que os militares estejam prontos para atuar em qualquer território sob condições adversas.

Dimensão humana e social da missão

Muito além do domínio técnico, os militares brasileiros são preparados para lidar com o sofrimento humano. A missão humanitária exige resiliência emocional, empatia e discernimento. O contato com populações afetadas por desastres naturais requer sensibilidade cultural, capacidade de comunicação e respeito à dignidade humana. Por isso, o treinamento inclui abordagens sobre o impacto psicológico das operações, tanto nos militares quanto nas comunidades atendidas.

Segundo os instrutores do CCOPAB, a formação integral do soldado humanitário é essencial para o sucesso da missão. “Não basta operar bem um maquinário. É preciso entender o sofrimento das pessoas, ouvir, orientar e oferecer segurança com humanidade”, destacou um oficial do centro. A preparação reforça o papel dos militares como agentes da paz e da reconstrução em momentos críticos.

Cooperação multinacional e interoperabilidade

A Operação PÉEKÁAMBA 2025, coordenada pelo Exército Mexicano sob os auspícios da Conferência de Exércitos Americanos (CEA), reunirá forças armadas de diversos países entre os dias 19 e 25 de julho na Cidade do México. Além do Brasil, participam nações como Argentina, Estados Unidos, Espanha, Colômbia, Uruguai, Panamá, El Salvador, entre outras, incluindo a Junta Interamericana de Defesa. O exercício tem como foco a interoperabilidade em ações humanitárias complexas, promovendo troca de conhecimentos e alinhamento doutrinário.

Para o Brasil, a participação é estratégica: reafirma o compromisso com a cooperação regional, amplia a capacidade de resposta a emergências e fortalece os laços com aliados internacionais. A atuação do Pelotão de Engenharia representa também uma vitrine da competência operacional e do preparo técnico das tropas brasileiras. Em um mundo cada vez mais interdependente, a preparação para atuar em cenários multinacionais de crise humanitária é um diferencial relevante para a diplomacia militar do país.

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