Capelão militar relembra encontros com Papa Leão XIV

Homens de roupa religiosa ao redor de mesa com comida.
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O ano era 2013 e o mundo católico se voltava para o Brasil com a realização da Jornada Mundial da Juventude. Entre os milhares de religiosos envolvidos, estava um jovem frei agostiniano: Emerson Carlos Silva, que teria a rara oportunidade de conviver de perto com o Papa Leão XIV, ainda em seus tempos de Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho. Hoje, como capelão militar, ele compartilha esses momentos de fé e humanidade.

A presença da Igreja nos grandes eventos internacionais

Cerimônia religiosa com padres em oração.

Eventos como a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) mobilizam milhões de pessoas em todo o mundo. Mais do que uma celebração religiosa, trata-se de uma operação internacional que envolve segurança, diplomacia e apoio pastoral de grande escala. A presença da Igreja Católica nesses contextos revela seu poder de articulação e sua vocação universal. Foi neste cenário que o então frei Emerson atuou no acolhimento ao hoje Papa Leão XIV, à época Prior Geral da Ordem de Santo Agostinho.

Durante o Encontro Internacional dos Jovens Agostinianos, em São Paulo, e posteriormente no Convento Agostiniano do Rio de Janeiro, o contato direto com o líder religioso permitiu uma troca espiritual profunda. A logística para receber o Santo Padre envolveu desde a organização litúrgica até o cuidado pessoal, demonstrando como a Igreja está preparada para unir espiritualidade e organização em qualquer escala.

O impacto da espiritualidade no serviço militar

Hoje 1º Tenente e capelão militar do Exército Brasileiro, Emerson Carlos Silva reconhece como a vivência com o Papa influenciou sua missão junto aos militares. Segundo ele, “foi convivendo com alguém profundamente humano, acolhedor e centrado na paz que entendi melhor o papel do capelão no quartel: levar consolo, promover o diálogo e ser ponte entre fé e dever”.

No contexto militar, onde a pressão psicológica e as exigências emocionais são elevadas, a figura do capelão é essencial. Ao rememorar as conversas com o Papa, o capelão destaca a importância da reconciliação interior, da valorização da vida e do acolhimento espiritual como elementos que fortalecem o moral da tropa e oferecem suporte emocional em missões exigentes.

A jornada de um capelão: entre a fé e a missão

Dois homens se abraçam durante evento religioso.

A trajetória de Emerson começou como seminarista em Minas Gerais, onde fez seus votos perpétuos na Ordem de Santo Agostinho. Sua primeira interação com o futuro Papa ocorreu ali, durante a missa solene presidida por frei Robert Francis Prevost, atual Papa Leão XIV. Aquela celebração marcou não apenas uma etapa vocacional, mas o início de uma conexão que se aprofundaria no tempo.

A transição para a vida militar veio como um novo chamado. No Exército, Emerson encontrou outro campo de missão: atender espiritualmente os homens e mulheres que servem à Pátria. Hoje, no comando da capelania da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, ele carrega os aprendizados das palavras e atitudes do Papa: “A paz se constrói com proximidade, escuta e presença. Foi isso que aprendi com ele e tento aplicar em minha rotina como capelão militar”, conclui.

Fotos: Acervo pessoal do Frei Emerson

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