Brasil recebe os primeiros Centauro II e reforça força de cavalaria

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O Exército Brasileiro deu um passo marcante em sua modernização ao incorporar, pela primeira vez, as viaturas blindadas Centauro II BR, modelo de ponta no combate mecanizado. As duas primeiras unidades foram entregues à 6ª Brigada de Infantaria Blindada, em Santa Maria (RS), no dia 21 de maio, dentro do escopo do Programa Estratégico Forças Blindadas, elevando a capacidade de choque e reconhecimento da Cavalaria nacional.
Capacidades operacionais do Centauro II: armamento, mobilidade e tecnologia
A viatura Centauro II BR é considerada uma das mais avançadas em sua categoria, destacando-se como caça-tanques de alto desempenho. Com peso de 32 toneladas e tripulação de quatro militares, a VBC Cav 8×8 é equipada com canhão de 120mm, metralhadoras de 7,62mm e lançadores de fumígenos. Sua arma principal atinge alvos a mais de 4 km, com apoio de visão térmica ou diurna.
A mobilidade estratégica é um dos pontos fortes: com velocidade de até 95 km/h e autonomia de 742 km, o Centauro é ideal para operações de reconhecimento, segurança e proteção de forças. Entre os sistemas embarcados estão o acompanhamento automático de alvos, tecnologia hunter killer, alerta laser, e preparação para proteção ativa e bloqueadores de sinal, ampliando suas capacidades em ambientes hostis e complexos.
Programa Forças Blindadas e o papel da 6ª Brigada na prontidão da Cavalaria
A entrega das primeiras viaturas marca o início da operacionalização do Programa Estratégico Forças Blindadas, conduzido pelo Escritório de Projetos do Exército (EPEx), com previsão de entrega de 98 unidades ao longo de 15 anos. O programa visa renovar e ampliar as capacidades da Cavalaria, projetando o Exército para o futuro dos combates mecanizados.
A 6ª Brigada de Infantaria Blindada, sediada em Santa Maria (RS), foi escolhida por seu histórico operacional e por abrigar o Centro de Instrução de Blindados (CI Bld) e o Centro de Adestramento-Sul, referências nacionais na formação de tripulações blindadas. A escolha do nome “Santa Maria” e “Osorio” para os primeiros Centauros simboliza a união entre tradição e inovação no seio da Cavalaria brasileira.
Modernização da frota e autonomia industrial: da Itália ao Brasil
Fabricado originalmente na Itália, o Centauro II BR representa não apenas uma aquisição estratégica, mas também uma oportunidade de transferência de tecnologia e desenvolvimento industrial. A expectativa é que a produção futura seja nacionalizada, com envolvimento de empresas brasileiras na linha de montagem, manutenção e eventual exportação.
Essa transição tecnológica está alinhada à estratégia de fortalecimento da Base Industrial de Defesa, promovendo autonomia, geração de empregos e especialização tecnológica no país. Com a chegada dos primeiros blindados, o Exército dá mais um passo rumo à modernização da frota mecanizada, elevando seu poder de dissuasão e sua capacidade de resposta rápida em cenários de crise.
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