10 de junho: Exército celebra o Dia da Artilharia

Comemoração do Dia da Arma de Artilharia.
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Em cada disparo de precisão e em cada obuseiro posicionado com maestria, vive a história da Arma de Artilharia do Exército Brasileiro, cuja data máxima é comemorada em 10 de junho. O dia marca o nascimento do Marechal Mallet, herói nacional que transformou a artilharia em um símbolo de estratégia e bravura nas guerras do Império e além.

Evolução técnica da Artilharia Brasileira: da pólvora aos sistemas de última geração

A trajetória da Artilharia do Exército Brasileiro acompanha a própria evolução das guerras. Desde os primórdios com catapultas, trabucos e canhões de ferro fundido, até os sistemas modernos com capacidade de ataque de precisão e coordenação digital, a Arma sempre esteve na vanguarda do poder de combate terrestre. Com o advento da pólvora, a Artilharia passou a desempenhar um papel decisivo nos campos de batalha, moldando estratégias e definindo vitórias.

Hoje, a Artilharia é alicerçada por programas estratégicos como o ASTROS 2020, que desenvolve o Míssil Tático de Cruzeiro com alcance de 300 km, e o Programa de Defesa Antiaérea, que fortalece a proteção de alvos sensíveis. Outro avanço é o Programa Forças Blindadas, com a aquisição das VBC OAP 155 mm sobre rodas, elevando a mobilidade e a letalidade da tropa. O SISDAC, sistema digital de coordenação de tiro 100% nacional, representa um salto tecnológico ao integrar sensores, cálculo de trajetória e comunicação em tempo real entre baterias.

O simbolismo de Mallet e o papel da Artilharia na formação da identidade militar brasileira

O Marechal Emílio Luís Mallet, nascido na França e naturalizado brasileiro, é o símbolo maior da Artilharia. Ao comandar baterias em batalhas como Passo do Rosário, Lomas Valentinas e Tuiuti, deixou um legado de bravura, técnica e inovação. Foi em Tuiuti, a maior batalha campal da América do Sul, que a artilharia sob seu comando foi apelidada de “Artilharia Revólver”, pela rapidez e precisão dos disparos.

Mais do que um estrategista, Mallet foi um líder inspirador, cuja célebre frase — “Eles que venham! Por aqui não passam!” — ecoa até hoje nos campos de instrução e nos manuais doutrinários. A escolha de seu nome como patrono da Arma de Artilharia, em 1932, reflete não só seu valor tático, mas também o simbolismo de um comandante que encarna os valores do Exército: coragem, lealdade e patriotismo.

A importância estratégica da Artilharia nas operações modernas e missões internacionais

No século XXI, a Artilharia continua sendo um dos braços mais versáteis da Força Terrestre. Além das capacidades de apoio de fogo convencional, ela participa ativamente de operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e da repressão ao crime na faixa de fronteira, reforçando a presença do Estado em regiões estratégicas. Suas Organizações Militares também têm papel relevante em ações subsidiárias, como o apoio logístico em situações de calamidade pública.

No cenário internacional, os artilheiros brasileiros têm levado sua expertise a missões de paz da ONU, como na República Democrática do Congo, atuando como observadores militares e instrutores. A experiência adquirida em campanhas históricas, como a da FEB na Itália, onde a Artilharia foi decisiva nas batalhas de Monte Castelo e Montese, é hoje aplicada em ambientes de estabilização global, mostrando ao mundo a competência e a versatilidade da Arma dos fogos largos, densos e profundos.

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