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O Instituto Militar de Engenharia (IME) levou seus alunos do 4º ano a uma jornada estratégica por unidades operacionais de Campo Grande (MS). De 5 a 7 de maio, os estudantes vivenciaram experiências práticas no Comando Militar do Oeste (CMO), no 3º Batalhão de Aviação do Exército (3º BAvEx) e no 9º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica (9º B Com GE), conhecendo sistemas como o SISFRON, aeronaves de última geração e estruturas de comunicação e guerra eletrônica. A viagem foi marcada por aprendizados técnicos e reflexões sobre o papel do engenheiro militar em cenários modernos de operação.
SISFRON e Guerra Eletrônica: engenharia aplicada à soberania nacional
No Comando Militar do Oeste, os cadetes do IME conheceram o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), um dos projetos mais estratégicos da Defesa Nacional. A apresentação abordou o uso de radares, sensores optoeletrônicos, torres de comunicação e rádios de longo alcance, além da integração desses sistemas em tempo real para vigilância das fronteiras terrestres do Brasil.
No 9º B Com GE, os alunos tiveram contato direto com as companhias subordinadas, aprendendo sobre a estrutura de comunicações táticas, guerra eletrônica e sistemas de comando e controle. As instruções incluíram demonstrações práticas, exposição de equipamentos e uma troca de ideias sobre como a engenharia militar pode contribuir para o desenvolvimento de soluções técnicas inovadoras. O Batalhão destacou, ainda, possíveis frentes de cooperação com o IME, por meio de pesquisa aplicada e desenvolvimento de tecnologias emergentes.
Integração entre IME e tropas operacionais: vivência prática e construção de lideranças
A visita também teve um forte componente humano. Em cada unidade, os alunos puderam dialogar com oficiais e comandantes experientes, conhecendo suas rotinas, desafios e a importância da liderança técnica em ambiente militar. No 3º BAvEx, por exemplo, os cadetes participaram de uma apresentação sobre as capacidades da aviação do Exército, incluindo as funções das aeronaves Fennec, Cougar e AS 365 K2.
Foram abordadas missões como resgate aeromédico, transporte de tropas, apoio logístico e operações sob baixa visibilidade, além da apresentação do sistema TASA (Técnica de Abastecimento em Serviço de Aviação), que permite o reabastecimento em locais sem infraestrutura. A familiarização com os equipamentos de voo e o contato com a tropa em operação real proporcionaram uma vivência concreta do que significa ser um engenheiro dentro da máquina de guerra terrestre.
Essa imersão prática complementa o ensino acadêmico, permitindo que os alunos visualizem como seus futuros conhecimentos serão aplicados na realidade do campo de batalha.
Campo Grande como palco de inovação militar: uma vitrine da modernização do Exército
A guarnição de Campo Grande, sede do Comando Militar do Oeste, tem se consolidado como referência em tecnologia, comando e mobilização estratégica. A viagem permitiu aos alunos do IME compreender como diferentes sistemas, batalhões e projetos – como o SISFRON, o Projeto COBRA (voltado à modernização dos equipamentos do combatente) e as estruturas de Guerra Eletrônica – estão integrados a um novo padrão de eficiência e interoperabilidade das Forças Armadas.
O Exército Brasileiro busca, com esse tipo de integração, ampliar a capacidade de resposta diante das ameaças contemporâneas. E o engenheiro militar é peça-chave nesse processo, atuando como elo entre ciência, tecnologia e doutrina militar.
Ao final da jornada, ficou evidente para os alunos que a engenharia no Exército vai além dos laboratórios: ela está presente no comando, no terreno e nas decisões que moldam a segurança nacional.
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