Em vigor desde 15 de maio, a nova política de privacidade do WhatsApp gera polêmicas desde o seu anúncio no começo do ano, em janeiro, ao exigir que as pessoas aceitem a troca de dados da sua versão corporativa, o WhatsApp Business, com o Facebook. Quem tem gostado de toda a confusão são os concorrentes do app, como o Telegram e o Signal, que viram os seus números de downloads crescerem exponencialmente.

Dados revelados pela Sensor Tower, consultoria que monitora downloads nas principais lojas de apps, mostram que nos primeiros quatro meses do ano as instalações do Telegram aumentaram 98% na comparação ano a ano, com mais de 161 milhões de downloads. Do lado do Signal, o crescimento percentual foi ainda maior: 1.192% na comparação anual, chegando a 64,6 milhões.

O WhatsApp, por outro lado, viu os seus downloads caírem 43% no período em relação ao mesmo intervalo de 2020. Em números absolutos, porém, o app ainda supera os seus concorrentes, com aproximadamente 172,3 milhões de instalações.

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O movimento de buscas por apps concorrentes teve como pico o mês de janeiro, quando todo o imbróglio começou. Até o bilionário Elon Musk entrou na história sugerindo a migração para o Signal.

Naquele mês, o Telegram atingiu 63,5 milhões de downloads, um aumento de 283%, na comparação anual. Após o pico, o ritmo de instalações começou a diminuir mês a mês. Em abril, por exemplo, o app registrou uma leve queda de 3%, com 26,2 milhões em comparação com quase 27 milhões um ano antes.

No Signal, os downloads continuam crescendo. O app apresentou uma alta expressiva em janeiro, de 5.001%, saindo de 992 mil instalações em janeiro de 2020 para 50,6 milhões um ano depois.

Nos meses seguintes, o número de downloads diminuiu, mas sempre se manteve acima do que foi registrado um ano antes. Em abril, por exemplo, o app foi baixado 2,8 milhões de vezes em todo o mundo —mais que o dobro dos 1,3 milhão de abril de 2020.

O que rolou com o WhatsApp

Comunicada em janeiro, a alteração nos termos de serviços e na política de privacidade do WhatsApp gerou uma onda de críticas por facilitar o compartilhamento de dados de usuáros com o Facebook.

Diante da repercussão negativa, o WhatsApp decidiu adiar a data da atualização para o dia 15 de maio, com o argumento de que havia muita “confusão” em torno da nova política.

O que mudou foi que, a partir de agora, empresas podem usar o Facebook para armazenar e gerenciar os seus chats do WhatsApp Business. Entre as informações coletadas estão nomes, números de telefone, aparelho usado, dados de transações e outros dados anônimos.

O conteúdo das conversas, mensagens, fotos, vídeos e áudios não serão compartilhados e continuam protegidos pela criptografia de ponta a ponta do WhatsApp.

Na prática, esse compartilhamento já existe há cerca de quatro anos, mas as pessoas tinham a possibilidade de optar por fornecer os dados às empresas para uso no Facebook ou não. Com a mudança, ao falar no WhatsApp com uma empresa que compartilha esses dados, a integração é automática.

Usuários serão avisados se a empresa com a qual estão conversando no WhatsApp usa o Facebook para gerenciar e armazenar seus dados.

Quem não aceitou os novos termos até o dia 15 de maio, passará a perder algumas funcionalidades do aplicativo. Ainda será possível receber chamadas e notificações, mas não será permitido ler nem enviar mensagens. Se após 120 dias a pessoa não tentar usar o app, a conta é excluída. Os dados ficarão armazenados somente na memória do celular, até que o WhatsApp seja apagado.

Outras opções

Além do Telegram e o Signal, há ainda outras opções que podem ser usadas para as trocas de mensagens, como:

Skype

Um dos apps de mensagens mais antigos. O Skype é mais usado no mundo empresarial e educacional e uma das melhores opções para chamadas de vídeo. Também é bom para ligações em áudio, oferecendo a opção de criar um número internacional, como um telefone. Funciona bem para mensagens comuns de texto, mas carece de recursos mais avançados para elas.

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Viber

Um dos principais aplicativos de mensagens instantâneas do mundo, mas não muito popular no Brasil. O Viber é similar ao Skype, oferecendo chamadas de áudio e vídeo gratuitas e ligações internacionais para números de telefone (com tarifas). Para as mensagens de texto, a experiência lembra a do WhatsApp. Tem alguns diferenciais, como games e a possibilidade de ser instalado em mais de um aparelho com a mesma conta.

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Fonte: Tilt UOL