USV Suppressor 7: tecnologia autônoma da EMGEPRON na LAAD

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O futuro da guerra naval chegou ao Riocentro. Durante a LAAD 2025, a EMGEPRON realizou o pré-lançamento do USV Suppressor 7, uma plataforma autônoma e modular que inaugura uma nova família de embarcações voltadas à vigilância marítima e operações remotas. O projeto, desenvolvido em parceria com a TideWise, foi apresentado diante de uma plateia que incluía autoridades de alto comando da Esquadra Brasileira.

Capacidade tecnológica e inovação naval

O USV Suppressor 7 representa um salto tecnológico significativo no desenvolvimento de embarcações não tripuladas no Brasil. Com arquitetura modular e customizável, o veículo pode ser adaptado para diferentes tipos de missão, incluindo patrulhamento, monitoramento ambiental, guerra de minas e apoio logístico. Seu sistema de controle autônomo permite operações remotas com alto grau de precisão, utilizando sensores de última geração e softwares de navegação avançada.

A embarcação é resultado direto da capacidade de inovação da EMGEPRON, que vem consolidando sua atuação como empresa de referência em soluções navais integradas. A integração com a TideWise, startup nacional especializada em tecnologia de veículos autônomos marítimos, amplia o escopo do projeto, aliando expertise industrial com agilidade no desenvolvimento tecnológico.

Além do desempenho operacional, o Suppressor 7 se destaca pela redução de riscos humanos em áreas sensíveis e pela economia de recursos em missões de longa duração. Sua autonomia e versatilidade o posicionam como ferramenta-chave para uma Marinha mais inteligente, conectada e eficiente.

Cooperação entre empresas e Forças Armadas

O lançamento do Suppressor 7 simboliza um modelo de sucesso na colaboração entre o setor público e privado. A parceria entre EMGEPRON e TideWise é exemplo claro de como a Base Industrial de Defesa (BID) pode gerar inovação a partir de sinergias com startups e centros de pesquisa, promovendo tecnologia dual, aplicável tanto em cenários militares quanto civis.

Esse modelo colaborativo não apenas acelera a transferência de tecnologia como também fomenta o crescimento de um ecossistema produtivo nacional, com impacto direto na geração de empregos qualificados e no fortalecimento da soberania tecnológica. O envolvimento da Marinha do Brasil no processo garante que os produtos desenvolvidos atendam às reais necessidades operacionais das Forças.

A apresentação na LAAD 2025, diante de representantes das principais organizações militares do país, reforça a credibilidade do projeto e sinaliza que o Brasil está pronto para ser referência regional no desenvolvimento de veículos navais autônomos.

Estratégia marítima e futuro da defesa

O USV Suppressor 7 se insere em um contexto mais amplo de modernização das capacidades marítimas brasileiras. Como parte da Estratégia Nacional de Defesa, o investimento em plataformas autônomas é visto como essencial para ampliar a vigilância da Amazônia Azul, área marítima sob jurisdição brasileira que abriga riquezas estratégicas e vastas rotas de navegação.

Ao integrar tecnologia autônoma às operações da Marinha, o Brasil fortalece sua postura dissuasória no Atlântico Sul e amplia sua capacidade de resposta a ameaças não convencionais, como crimes transnacionais, pesca ilegal e incidentes ambientais. O Suppressor 7 é, portanto, uma peça fundamental para garantir presença, soberania e projeção estratégica no mar.

O lançamento do USV reforça também a importância da indústria nacional de defesa como vetor de inovação e desenvolvimento, alinhando os objetivos de segurança com os desafios globais de transformação tecnológica.

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Apoio

Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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