UERJ cria compostos químicos que podem revolucionar investigação de crimes com armas de fogo

Substâncias manifestam cores variadas: amarelo, laranja, rosa, azul e ainda várias tonalidades de vermelho e verde. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) desenvolveram compostos químicos inovadores que emitem cores distintas ao serem irradiados com luz negra, criando um método potencialmente revolucionário para a identificação de munições e calibres em cenas de crimes. Liderada pelo professor Lippy Faria Marques, a pesquisa promete facilitar o trabalho da perícia criminal, oferecendo uma ferramenta barata e eficaz para investigações com armas de fogo.

Inovação da Pesquisa

Professor Lippy Faria Marques no laboratório da instituição, no Rio de Janeiro. Foto – Tomaz Silva/Agência Brasil

A equipe do Grupo de Química de Coordenação e Espectroscopia de Lantanídeos (GQCEL) da Uerj, coordenada pelo professor Lippy Faria Marques, sintetizou uma série de lantanídeos — compostos químicos derivados de metais — que emitem uma variedade de cores, como amarelo, laranja, rosa, azul e várias tonalidades de vermelho e verde, quando irradiados com luz negra. Esses marcadores coloridos podem ser aplicados a munições, permitindo uma marcação seletiva de diferentes calibres e tipos de armas, o que auxilia a identificação em cenas de crime.

Aplicações e Benefícios

A aplicação desses marcadores coloridos nas munições tem o potencial de revolucionar a perícia criminal, facilitando a distinção de calibres e a identificação de armas usadas em crimes. Além disso, os marcadores podem fornecer informações cruciais sobre a altura do atirador, a distância do tiro e ajudar a determinar se um incidente foi um assassinato ou suicídio. O professor Lippy Faria Marques destacou que, por ser uma técnica simples e de baixo custo — cerca de R$ 0,40 por munição —, ela pode trazer avanços significativos na investigação forense.

Próximos Passos e Colaborações

O próximo passo da pesquisa envolve a avaliação da toxicidade dos resíduos gerados durante o disparo com armas de fogo, além da simulação de diferentes cenários forenses para testar a eficácia dos marcadores. A equipe do GQCEL está trabalhando em parceria com a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro para realizar testes práticos com os marcadores, contando ainda com o apoio da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) e a colaboração do Instituto de Física da Uerj.

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