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Aloizio Mercadante, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), levantou uma questão crítica durante a apresentação do balanço financeiro do banco para o primeiro trimestre de 2024: a necessidade de descarbonização dos combustíveis usados na navegação marítima e aérea. A Organização das Nações Unidas (ONU) tem pressionado por mudanças substanciais para mitigar os efeitos do aquecimento global, e o setor de transporte marítimo, responsável por cerca de 90% do transporte global de mercadorias, enfrentará multas significativas se não adaptar suas práticas.
Desafios e Estratégias para a Navegação
O desafio para o Brasil é duplo: além de necessitar uma transição para combustíveis mais limpos, há uma questão de logística e competitividade, especialmente em comparação com países como a Austrália, que possui rotas marítimas mais curtas para mercados chave como a China. O BNDES está focado em superar essas barreiras, apoiando o desenvolvimento de balsas, rebocadores e outros veículos essenciais para o transporte de grãos e minério, com um investimento planejado de R$6,6 bilhões através do Fundo da Marinha Mercante.
Oportunidades no Setor de Biocombustíveis
Vislumbrando uma oportunidade em meio a esses desafios, Mercadante destacou o potencial do Brasil em se tornar um líder no mercado de combustíveis limpos, como o etanol e o metanol, dos quais o Brasil é o segundo maior produtor mundial. O país já possui uma infraestrutura avançada para a produção de etanol de segunda geração, que apresenta eficiência superior na redução de carbono. A expectativa é que a produção de etanol precise dobrar para atender à demanda crescente, posicionando o Brasil como um jogador chave no mercado global de combustíveis sustentáveis.
Subsídios e Suporte à Aviação
Além do foco na navegação, o BNDES também está atento às necessidades do setor aéreo, que ainda recupera as perdas provocadas pela pandemia de COVID-19. Mercadante mencionou que o Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) poderia ser utilizado como garantidor para facilitar o crédito e suporte financeiro às companhias aéreas nacionais. Este movimento visa assegurar a recuperação e estabilidade das empresas, que, apesar de um aumento no faturamento pós-pandemia, ainda lidam com dívidas significativas devido ao período em que os aviões permaneceram em terra.
Com informações da Agência Brasil
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