Tradição e cultura marcam os 177 anos da Capitania dos Portos de Alagoas

Não fique refém dos algorítimos, nos siga no Instagram, Telegram ou no Whatsapp e fique atualizado com as últimas notícias.

A Capitania dos Portos de Alagoas (CPAL) comemorou seus 177 anos em grande estilo, unindo tradição e cultura com uma apresentação inesquecível do Grupo Fandango do Pontal da Barra. Com vestimentas coloridas e histórias náuticas, o espetáculo trouxe à tona uma rica herança dos marinheiros e encantou o público, incluindo a tripulação da CPAL e convidados especiais.

A importância cultural e histórica do Fandango do Pontal da Barra

O Fandango do Pontal da Barra é muito mais do que uma dança ou uma simples apresentação folclórica. Criado em 1930, no tradicional bairro Pontal da Barra, em Maceió, o folguedo reflete a forte ligação da cultura alagoana com o mar e a vida dos marinheiros. A dança, conhecida também como “marujada”, tem suas raízes em antigas tradições náuticas, narrando histórias de viagens, naufrágios e das relações políticas e comerciais entre o Brasil e Portugal.

Mestre Vavá

O grupo de 37 pessoas que mantém o Fandango vivo segue com dedicação uma herança cultural que atravessou gerações. Hoje, sob o comando de Mestre Vavá, o grupo preserva e continua o legado deixado pelos fundadores Mestres Aminadab e Zé da Sofia. As cantigas e danças, ricas em detalhes sobre a vida no mar, emocionam ao transmitir memórias de um passado marítimo que é parte indissociável da história do Brasil.

Para Mestre Vavá, a tradição é uma missão de vida. Após a interrupção das atividades do grupo durante a pandemia, ele assumiu o papel de restaurar e preservar o Fandango do Pontal, tarefa que, aos 71 anos, ele realiza com orgulho e determinação. Em setembro de 2023, Vavá foi reconhecido como Patrimônio Vivo de Alagoas, uma homenagem não apenas à sua dedicação pessoal, mas também ao esforço coletivo do grupo em manter viva essa tradição única.

A Capitania dos Portos de Alagoas e sua contribuição para a preservação cultural

A celebração dos 177 anos da Capitania dos Portos de Alagoas foi uma oportunidade de unir história e cultura, fortalecendo a relação entre a instituição militar e as tradições locais. O envolvimento da CPAL em eventos como a apresentação do Fandango do Pontal da Barra não apenas reforça sua conexão com a comunidade, mas também mostra a preocupação em valorizar as manifestações culturais que são parte da identidade alagoana.

A parceria entre a Capitania e o grupo de Fandango vai além de um simples evento comemorativo. Ao abrir espaço para uma apresentação de tamanha relevância, a CPAL atua como uma instituição que reconhece a importância de preservar e promover as raízes culturais de seu entorno. Essas iniciativas ajudam a fortalecer a identidade local e oferecem visibilidade a tradições que, muitas vezes, enfrentam o risco de esquecimento.

Ao unir a história naval do Brasil com a rica cultura popular de Alagoas, a Capitania reafirma seu papel não só na defesa marítima, mas também como uma guardiã de valores e memórias culturais que ajudam a formar o tecido social da região.

O Fandango do Pontal: Tradição e resistência cultural em Alagoas

O Fandango do Pontal da Barra não apenas sobreviveu ao tempo, mas demonstrou uma impressionante capacidade de resistência, especialmente em tempos de adversidade. Durante a pandemia de Covid-19, o grupo enfrentou um período de inatividade e sofreu a perda de Mestre Pancho, filho de Mestre Isaldino da Costa, que havia assumido o comando do grupo. No entanto, sob a liderança de Mestre Vavá, o Fandango voltou a se apresentar e continua encantando novos públicos com suas canções e danças vibrantes.

O recente reconhecimento de Mestre Vavá como Patrimônio Vivo de Alagoas foi um marco importante para o grupo. Esse título é um reflexo da importância do Fandango para a cultura local e nacional, destacando-o como um bem a ser preservado. Com essa honraria, o grupo não apenas ganha mais visibilidade, mas também reforça seu papel como um elo fundamental na manutenção das tradições culturais da região.

Com o apoio da Capitania dos Portos de Alagoas e o reconhecimento da importância dessa tradição, o Fandango do Pontal da Barra continua a resistir, mantendo viva uma parte essencial da história e cultura marítima de Alagoas e do Brasil.

Participe no dia a dia do Defesa em Foco

Dê sugestões de matérias ou nos comunique de erros: WhatsApp 21 99459-4395

Google News

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor insira seu comentário!
Digite seu nome aqui