O teste do S50, que aconteceu nesta sexta-feira (1º), em uma unidade do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), foi um sucesso. Os engenheiros presentes mostraram-se muito contentes com os resultados. Entre as várias autoridades presentes no teste, estavam o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, o Presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, o Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Major-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara, o diretor do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), Coronel O`Donnell, e o Presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), Julio Shidara.

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Os testes em terra de queima do motor atingiram as expectativas e mostraram um excelente resultado. É um passo importante para o Programa Espacial Brasileiro, que agora vai avançar na construção do seu Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) e no VS-50, veículo de sondagem financiado pela AEB, uma autarquia vinculada ao MCTI, e desenvolvido em conjunto pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) e pela Agência Espacial Alemã (DLR).

“Isso é extremamente importante para que nós tenhamos um equipamento qualificado, apto para ser usado para veículo lançador de microssatélite, ou mesmo para veículos suborbitais, que nos permitam fazer experimentos, por exemplo, em condição de microgravidade. O teste do motor S50 é um passo importantíssimo para que possamos ter um veículo lançador de microssatélites capaz de levar nossas cargas espaciais para as órbitas que desejamos”, disse o presidente da AEB, Carlos Moura.

O motor S50 tem tecnologia de propulsão sólida e traz uma série de inovações. No lugar do invólucro metálico, que é normalmente utilizado, ele utiliza material composto que apresenta vantagens tanto em desempenho quanto em manufatura. Além disso, sua capacidade propulsiva é muito maior. Ele tem, praticamente, quase o dobro de massa dos motores tradicionais que eram usados na época do VLS.

O motor já tinha passado por uma série de testes, mas agora ele foi realmente colocado à prova para testar sua resistência e desempenho. Ele funcionou perfeitamente durante o “tempo de queima do motor”, de cerca de 84 segundos. Para realizar o teste, o motor foi preso a um grande bloco de concreto e uma série de sensores que mediram o comportamento do S-50 durante todo o tempo.

“Os testes em terra da queima do motor são integrante da bateria de testes antes do lançamento. Nestes testes, são verificadas curva de empuxo (queima do propelente), pressão, deformação, vibração e temperatura do motor”, disse o diretor de Gestão de Portfólio da AEB, Paulo Barros.

Fonte: AEB