Tecnologias do F-39 E Gripen elevam nível de treino na Cruzex 2024

Em uma simulação realista de combate aéreo, o F-39 E Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB) se destaca na Cruzex 2024. Com sistemas avançados de autoproteção e guerra eletrônica, a aeronave eleva a dificuldade das missões, contribuindo para um treinamento dinâmico e estratégico.

O Papel do F-39 E Gripen na Cruzex 2024

No cenário desafiador da Cruzex 2024, o F-39 E Gripen atua tanto como Força Aliada quanto como Força Oponente, ampliando a versatilidade e complexidade do treinamento. Ao desempenhar esses papéis, a aeronave simula manobras de contraposição aérea defensiva (Defensive Counter Air, DCA), em que, ao ser acionada pelos radares de defesa, deve reagir de maneira ágil e coordenada para impedir o avanço de forças adversárias.

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Essa alternância de posições permite que os pilotos da FAB treinem em condições variadas, enfrentando caças de diferentes nacionalidades, tecnologias e doutrinas, o que eleva a eficácia do treinamento. Segundo o Major Aviador Vitor Cabral Bombonato, Oficial de Operações do 1º Grupo de Defesa Aérea da FAB, “atuar em ambos os lados do exercício é essencial para aprimorar as habilidades do F-39 E Gripen, expondo-o a cenários de combate complexos.”

Tecnologias Embarcadas no F-39 E Gripen

O F-39 E Gripen é equipado com tecnologias de ponta que tornam seu papel na Cruzex ainda mais impactante. Sistemas de guerra eletrônica e autoproteção, combinados a armamentos e táticas simuladas, oferecem uma experiência imersiva aos pilotos. Esses recursos avançados aumentam o grau de realismo do exercício, fazendo com que o Gripen seja considerado uma das principais ameaças no cenário de treinamento, tanto para a Força Aliada quanto para a Força Oponente.

A utilização desses sistemas táticos em combate simulado permite que os pilotos experimentem situações de guerra eletrônica e defesa em ambientes de alta complexidade. “Sempre voaremos em formações mistas e alternaremos os papéis ao longo do exercício, o que significa que, em uma missão, o F-39 E Gripen poderá estar ao lado do F-5M, e, na seguinte, enfrentá-lo,” explica o Tenente-Coronel Aviador Ramon Lincoln Santos Fórneas, comandante do 1º Grupo de Defesa Aérea.

Integração Multinacional e Troca de Experiências na Cruzex 2024

A Cruzex é caracterizada pela integração de forças aéreas de diversos países, oferecendo uma oportunidade única de troca de experiências e aprendizado entre os militares. Na edição de 2024, os participantes incluem aeronaves como o F-16 e o F-15, que trazem consigo diferentes tecnologias e doutrinas de combate. Essa variedade de aeronaves e países eleva o grau de intercâmbio técnico e tático, pois os pilotos da FAB têm a oportunidade de se adaptar a estratégias variadas e à presença de aliados e adversários com características distintas.

A integração multinacional não apenas reforça os laços diplomáticos entre as forças, mas também é vista como uma vantagem estratégica. As forças participantes aprendem com as técnicas e estratégias de combate de outras nações, fortalecendo a capacidade de cooperação e resposta conjunta em missões reais. O exercício, portanto, vai além da simples simulação, sendo considerado um preparativo essencial para cenários de combate internacional.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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