O Atlântico Sul e a costa ocidental da África são regiões de grande importância para o Brasil. A Política Nacional de Defesa, que está em análise no Congresso, destaca essa relevância. Mas, por que essa área é tão crucial? Existem desafios, como ameaças e riscos, que exigem uma atuação firme para garantir a segurança, promover a estabilidade regional e fortalecer a cooperação entre os países. A Marinha do Brasil (MB) desempenha um papel fundamental nesse cenário, trabalhando em conjunto com marinhas, guardas costeiras e órgãos de segurança dos países africanos.

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Golfo da Guiné: Uma Região Estratégica

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Parte do entorno estratégico brasileiro. Fonte: Ministério da Defesa

O Golfo da Guiné, que inclui países como Costa do Marfim, Nigéria e Camarões, é uma área de grande interesse para o Brasil. A proximidade geográfica e sua posição como corredor de comércio internacional ampliam sua relevância. A Nigéria, por exemplo, destaca-se como o maior produtor de petróleo da África e possui a maior população da região. No entanto, o Golfo da Guiné também enfrenta desafios, como altos índices de pirataria, roubo de petróleo e outros crimes marítimos. A presença da MB nessa região é vital para fortalecer a cooperação regional e desenvolver políticas mais eficazes.

Cooperação e Treinamento: Aproximando Nações

Presença da Fragata “Liberal” no Senegal durante a Operação “GUINEX-III”

O Brasil tem estreitado laços com os países africanos por meio de diversas iniciativas. Uma delas é o envio de militares para treinamento em academias brasileiras. Por exemplo, desde 2016, 62 militares senegaleses foram formados ou estão em treinamento em instituições da MB. Além disso, a Marinha do Brasil estabelece missões de assessoria naval em países como Namíbia, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, contribuindo para o desenvolvimento e estruturação de suas forças navais.

Operações Navais: Garantindo a Segurança Marítima

A MB tem ampliado sua presença na África através de operações e parcerias estratégicas. Operações como “Obangame Express”, “GUINEX” e “Grand African NEMO” são exemplos de como a Marinha do Brasil trabalha para garantir a segurança marítima no Atlântico Sul. Essas operações permitem a troca de experiências entre militares, fortalecem a cooperação e combatem ameaças como pirataria e tráfico de drogas.

Em resumo, a atuação da Marinha do Brasil no Atlântico Sul e na costa ocidental da África é essencial para garantir a segurança, promover a cooperação e fortalecer os laços entre as nações. Através de treinamentos, operações navais e parcerias estratégicas, a MB desempenha um papel crucial na construção de um ambiente internacional mais seguro e cooperativo.

Marcelo Barros, com informações da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).