Soldado Fuzileiro Naval Camila Aguiar embarca para missão com marinhas da OTAN

Foto: Divulgação
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De São Gonçalo para o mundo, a jovem Camila Aguiar, de apenas 20 anos, embarca nesta terça-feira (20) para sua primeira missão internacional. Como Soldado Fuzileiro Naval, ela integrará o pelotão brasileiro na Operação Catamaran, exercício multinacional conduzido por países da OTAN na França. Camila é uma das pioneiras do corpo feminino de combatentes anfíbias da Marinha do Brasil.

Perfil de Camila Aguiar: pioneirismo e formação como Fuzileira Naval

Camila Aguiar representa uma nova geração de militares brasileiras que estão rompendo barreiras dentro das Forças Armadas. Nascida em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, ela se formou em julho de 2024 na primeira turma de mulheres combatentes anfíbias da Marinha do Brasil. A formação rigorosa, voltada para atuação em ambientes litorâneos e ribeirinhos, marca um avanço histórico na presença feminina em funções operacionais de alto desempenho.

Com apenas 20 anos, Camila vive um momento marcante: será sua primeira missão internacional e apenas a segunda vez que embarca em um avião. A história pessoal, somada ao simbolismo de sua presença em um exercício militar de padrão OTAN, transforma sua trajetória em exemplo de dedicação, coragem e superação — refletindo o potencial das mulheres nas missões mais exigentes da Defesa Nacional.

Operação Catamaran: integração militar com países da OTAN

A Operação Catamaran é um exercício de treinamento conjunto conduzido pela França e países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). A edição de 2025 contará com a participação de forças da Alemanha, Itália, Holanda, Espanha, Estados Unidos e Reino Unido. Pela primeira vez, a Marinha do Brasil participará com um pelotão próprio de Fuzileiros Navais, integrando operações anfíbias e táticas combinadas.

O objetivo do exercício é aprimorar a interoperabilidade entre marinhas de diferentes países, sobretudo em cenários de atuação conjunta em crises humanitárias, conflitos armados e missões de paz. A presença brasileira, especialmente com uma soldado mulher em posição de destaque, projeta a imagem de um Brasil que evolui em sua política de defesa e abre espaço para a representatividade no cenário internacional.

O papel do Brasil como aliado extra-OTAN nas missões internacionais

Apesar de não integrar formalmente a OTAN, o Brasil mantém status de aliado extra-OTAN desde 2019, após tratativas diplomáticas entre os governos dos EUA e do Brasil. Essa classificação permite a ampliação do intercâmbio militar, incluindo acesso a tecnologias, treinamentos e operações conjuntas com países aliados — um posicionamento estratégico na geopolítica internacional de defesa.

A participação brasileira na Operação Catamaran reforça esse laço e demonstra o nível de profissionalização das Forças Armadas. Para a Marinha do Brasil, o exercício representa não apenas uma oportunidade de capacitação, mas também de projeção internacional, mostrando ao mundo a qualidade de seus quadros e a importância da integração com nações de alto poder bélico e organizacional.

Com informações do Jornal O Globo

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).