O Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP) da Força Aérea Brasileira (FAB) tem auxiliado e otimizado os trabalhos de reconhecimento de áreas de desmatamento na Amazônia Legal na Operação Samaúma. Operado pelo Esquadrão Hórus (1º/12° GAV), o Sistema tem capacidade de identificar e fotografar, com tecnologia termal e em tempo real, imagens aéreas com possíveis delitos, contribuindo com os órgãos fiscalizadores no mapeamento das ações de combate.

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Com autonomia de até 30 horas, a Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) pode sobrevoar até mil quilômetros sobre as áreas de interesse, a partir do Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), localizado na Serra do Cachimbo, em Novo Progresso (PA), onde ocorrem as decolagens. Após 80 quilômetros voados, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF), assume o controle e a coordenação tática de forma remota. Da capital federal, os dados captados são analisados, dando suporte aos Comandos Conjuntos e às agências reguladoras e de fiscalização.

i218615112407033O Diretor do Campo de Provas Brigadeiro Velloso, Tenente-Coronel Aviador Leonardo dos Passos de Araújo, explica que a unidade militar está, basicamente, no meio dos quatro estados que abrangem a Operação Samaúma: Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. “A aeronave pode se deslocar para qualquer ponto destes estados. Ou seja, está, estrategicamente, muito bem posicionada, dando apoio na região norte do Brasil”, completa.

O SARP registra e transmite as informações a partir de uma plataforma satelital. Para o Chefe da Seção de Operações do Esquadrão Hórus, Major Aviador Vinícius Marques da Rosa, o grande ganho do Sistema é a celeridade. “A imagem em tempo real fornece ao decisor a informação que ele precisa para mover todos os demais meios, gerando economia e eficiência muito maior na ação futura”, explica.

i218615134401320O Comandante de Operações Aeroespaciais e Comandante de Preparo do COMAE, Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de Almeida, explica como é a contribuição da FAB na Operação. “Nós temos oficiais de ligação e representantes nos órgãos que solicitam as imagens. Eles determinam a área de interesse e, a partir daí, nós planejamos a missão e definimos qual o sensor mais adequado para executá-la. Ou seja, identificamos qual a melhor solução para aquele caso e enviamos a plataforma – a aeronave, o satélite ou a ARP – para fazer o levantamento dos dados. Nós processamos a imagem e informamos imediatamente para quem fez a solicitação”, conta.

Operação Samaúma

i218615110009115A Operação Samaúma, de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ambiental, ocorre em terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental, em áreas de propriedade ou sob posse da União e mediante requerimento estadual. Ela surgiu da necessidade de intervir em 26 municípios dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia, nos quais foram detectados indícios de ilícitos ambientais, mapeados pelo Grupo Gestor do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL). Todas as atividades ocorrem em conjunto com órgãos e agências de proteção ambiental e de segurança pública.

Confira o vídeo da utilização da ARP na Operação Samaúma.

Fotos e Vídeo: Soldado A. Soares / CECOMSAER

Marcelo Barros, com informações da Agência Força Aérea
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).