Míssil Tático de Cruzeiro AV-TM 300 (Foto: Avibras)

A Avibras, principal fabricante brasileira de material bélico pesado, está enfrentando a possibilidade de venda para empresas dos Emirados Árabes e da Alemanha. A situação preocupa o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, que alerta para os riscos à soberania nacional e ao conhecimento tecnológico acumulado ao longo dos anos.

Negociações de venda da Avibras

Segundo informações divulgadas pela revista Veja e pelo site Relatório Reservado, a empresa Edge Group, dos Emirados Árabes, já estaria negociando a compra da Avibras. O foco das negociações seriam o sistema de lançamento de foguetes Astros e o Míssil Tático de Cruzeiro. A alemã Rheinmetall, empresa do setor de armamentos presente em mais de 33 países, também estaria na disputa pela compra da Avibras. O governo brasileiro estaria acompanhando de perto os acontecimentos, conforme as reportagens.

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Impactos negativos da venda da Avibras

Uma nota técnica assinada pelo Ilaese (Instituto Latinoamericano de Estudos Socioeconômicos), aponta para os impactos negativos de uma eventual venda da Avibras. A perda de uma empresa de elevada tecnologia em um setor estratégico para a soberania nacional seria desastrosa para o Brasil, especialmente considerando a escalada de conflitos internacionais, como a guerra entre Rússia e Ucrânia. Além disso, a venda da Avibras também seria prejudicial para os trabalhadores da empresa.

Defesa da estatização da Avibras

Diante dos riscos à soberania nacional e aos empregos, o Sindicato dos Metalúrgicos defende a estatização da Avibras. A empresa, construída por gerações de trabalhadores brasileiros, desempenha um papel importante na redução da dependência externa do país na aquisição de produtos de Defesa. Sua sobrevivência não deve estar sujeita a decisões do capital privado. O sindicato pretende cobrar do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a estatização imediata da empresa.

A possível venda da Avibras para empresas estrangeiras preocupa o Sindicato dos Metalúrgicos, que defende a estatização da empresa como forma de preservar a soberania nacional e os empregos dos trabalhadores. A situação atual representa uma ameaça à autonomia e ao conhecimento tecnológico brasileiro no setor de defesa.