Uma história que começou em 1982 e 40 anos depois segue trilhando uma trajetória de ascensão com inúmeras conquistas. Para celebrar os 40 anos desta jornada, a Força Aérea Brasileira (FAB) realizou na quinta-feira (01/09), na Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília (DF) o “Simpósio Mulheres que Inspiram”, como forma de enaltecer a representatividade feminina na Instituição. A data relembra a criação do Corpo Feminino da Reserva da Aeronáutica (CFRA), que constituiu o Quadro Feminino de Oficiais (QFO) e o Quadro Feminino de Graduadas (QFG).
O evento trouxe experiências de algumas mulheres colegas de farda, além de outras que conquistaram espaços de destaque em suas áreas profissionais. O Objetivo do Simpósio foi motivá-las ainda mais, demonstrando o quanto a dedicação e os exemplos apresentados no dia a dia são imprescindíveis para a FAB em suas diversas funções.
Entre as palestrantes, a Vice-Procuradora-Geral Lindôra Maria Araújo, a Ministra do Superior Tribunal Militar (STM) Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha, além de militares pioneiras em diversas funções desta Força.
Para a Ministra do STM, Elizabeth Guimarães iniciativas como esta são fundamentais para o fortalecimento da equidade. “É uma conquista de toda a sociedade, não apenas das mulheres, mas também dos homens, que estão entendendo que a igualdade é produtiva e eficaz, o que faz com que as tropas trabalhem muito melhor com as diferenças entre elas e todos possam viver harmonicamente”, destacou.
A Mulher na FAB
Em 1995, o então Ministro da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Mauro José Miranda Gandra, deu início aos trâmites para que as mulheres pudessem, pela primeira vez, ser Cadetes da Academia da Força Aérea (AFA). Em 1996, ingressaram as primeiras Cadetes Intendentes na AFA, que atingiram o posto de Coronel em agosto de 2017. Elas poderão chegar até o posto de Major-Brigadeiro, maior patente deste quadro.
Na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), que abrange os ensinos de nível médio e técnico, as mulheres ingressaram em 1998. Dependendo da especialidade escolhida, elas podem alcançar o posto de Coronel.
Também na AFA, em 2003, ingressaram as primeiras Cadetes Aviadoras. Atualmente, elas ocupam o posto de Major. As Aviadoras ocupam funções como pilotos de todas as Aviações da FAB e podem chegar ao posto de Tenente-Brigadeiro, o mais alto na hierarquia da Aeronáutica.
O ano de 2020 entrou para a história da Força Aérea Brasileira (FAB). Pela primeira vez, uma militar do corpo feminino da FAB foi promovida ao Posto de Oficial-General da FAB. A atual Diretora do Hospital Central da Aeronáutica (HFAG), Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, foi escolhida para promoção ao Posto de Brigadeiro, durante reunião do Alto-Comando da Aeronáutica, realizada em Brasília (DF).