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A Marinha do Brasil realizou, na última sexta-feira (13), o sétimo lançamento do Míssil Antinavio de Superfície (MANSUP), desenvolvido em parceria com a SIATT, reforçando a capacidade tecnológica da indústria nacional. Com tecnologia 100% brasileira, o MANSUP representa um marco significativo para a defesa do país e para a soberania da Amazônia Azul.
Detalhes Técnicos do Lançamento e do MANSUP
O MANSUP possui características técnicas impressionantes, destacando-se por seu alcance de 70 km e velocidade de 0,8 Mach (aproximadamente 980 km/h) ao nível do mar. Para este sétimo lançamento, a Cabeça de Combate, que normalmente conteria a carga explosiva, foi substituída por uma Cabeça Telemétrica. Essa mudança permitiu que o míssil transmitisse informações de telemetria durante o voo para as estações de recepção, possibilitando uma análise detalhada pelos engenheiros da SIATT após o lançamento. Essas informações são cruciais para avaliar o desempenho do míssil e aperfeiçoar seus sistemas.
A SIATT desempenhou um papel fundamental nesse processo, sendo responsável por todo o Sistema de Armas do MANSUP. A empresa forneceu e integrou componentes essenciais, como o Console Lançador de Mísseis (CLM), o Equipamento de Testes de Lançamento de Mísseis (ETLM) e o Sistema de Guiagem, Navegação e Controle (SGNC). Esses sistemas garantem a precisão e eficácia do míssil em situações de combate. A SIATT, que é a única empresa no Brasil com a capacitação técnica para desenvolver mísseis adotados pela Marinha do Brasil, demonstra com este lançamento sua capacidade de criar e integrar sistemas complexos e sofisticados para as Forças Armadas.
Desenvolvimento do Projeto e Parceria com a SIATT
O projeto MANSUP teve início em 2008 e começou a ser efetivamente desenvolvido em 2011, quando a Marinha do Brasil firmou parcerias com várias empresas brasileiras, entre as quais a SIATT se destacou pela responsabilidade nos sistemas de guiagem, navegação, controle e telemetria. Com o avanço do projeto, a SIATT assumiu a montagem e os testes do MANSUP, além de sua integração com os navios da Marinha do Brasil, garantindo que o míssil atenda a todos os requisitos operacionais para uma arma de sua categoria.
O primeiro lançamento do MANSUP ocorreu em novembro de 2018, e desde então, o míssil tem passado por uma série de testes rigorosos. Durante esses testes, os engenheiros avaliaram diversos aspectos, incluindo o funcionamento do autodiretor, do sistema de guiagem, da navegação e controle, bem como da propulsão e autodestruição do míssil. Os testes realizados este ano são particularmente importantes, pois já refletem a formatação final do sistema. A parceria entre a Marinha do Brasil e a SIATT demonstra a capacidade da indústria nacional de desenvolver tecnologias avançadas e reforça a importância de uma base industrial de defesa autossuficiente.
Futuro do MANSUP e Impacto na Defesa Nacional
Com o sétimo lançamento bem-sucedido, o projeto MANSUP se aproxima de uma nova fase: a produção industrial. A previsão é que o sistema completo seja embarcado nos navios da Marinha do Brasil, com as primeiras entregas do míssil MANSUP previstas para 2026. Essa etapa é crucial, pois permitirá que a Marinha fortaleça significativamente sua capacidade de defesa antinavio, protegendo a Amazônia Azul e a soberania nacional. O MANSUP se apresenta como um elemento estratégico na defesa costeira, capaz de ser empregado em diferentes cenários de combate e adaptado a várias plataformas navais.
O CEO da SIATT, Rogério Salvador, destacou a importância deste momento tanto para a indústria de defesa brasileira quanto para as Forças Armadas. O desenvolvimento e a futura implementação do MANSUP são um testemunho da capacidade do Brasil de criar equipamentos de primeira linha, reforçando a autossuficiência e a expertise nacionais. “Este é um momento importantíssimo para a indústria de Defesa brasileira e também para as Forças Armadas, que vão adquirir um equipamento de primeira linha para realizar a defesa de nossa Amazônia Azul,” afirmou Salvador.
Com o MANSUP, a Marinha do Brasil não só aumenta sua capacidade de defesa, mas também demonstra a importância de investir em tecnologia e inovação no setor militar. Este míssil é um símbolo do avanço tecnológico nacional e da capacidade da indústria brasileira de responder às demandas estratégicas das Forças Armadas, assegurando que o país tenha uma defesa moderna e eficaz.
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