Por Segundo-Tenente (RM2-T) Thaís Cerqueira Francisco – Rio de Janeiro, RJ

Os primeiros meses deste ano foram marcados por intensas chuvas e tragédias decorrentes delas, com destaque para as ocorrências em Petrópolis e na região de Angra dos Reis e Paraty, no Estado do Rio de Janeiro. No entanto, em sua grande maioria, chuvas intensas podem ser identificadas com antecedência, com um significativo avanço, nas últimas décadas, dos sistemas de monitoramento e alerta.

Com o aprimoramento das tecnologias de coleta de dados, dos satélites e de processamento de alto desempenho, a meteorologia passou a fazer parte do planejamento de diversas atividades – cotidianas, esportivas, industriais, agrícolas, militares e de prevenção a desastres naturais. A previsão de chuvas com a maior antecedência possível é crucial para que o maior número de pessoas sejam informadas em tempo hábil, a fim de evitar áreas de potencial risco, e para permitir que as autoridades competentes tomem decisões de prevenção e divulgação junto à população.

Diante dessas necessidades, a Marinha do Brasil (MB) emite avisos de mau tempo para ocorrência de ventos fortes (acima de 60 km/h), mar grosso (ondas acima de 3,0 metros em alto-mar), baixa visibilidade (restrição abaixo de 1 km) e de ressaca (ondas com mais de 2,5 metros atingindo a costa). Dentre os serviços disponibilizados no site do Centro de Hidrografia da Marinha (CHM), os mais acessados pelo público são os avisos de mau tempo e o serviço de modelagem numérica. Em média, são emitidos cerca de 1500 avisos por ano, sendo atualizados em diversos canais de transmissão (rádio, internet, aplicativo e via satélite).

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A demanda pelos avisos de mau tempo é grande por se tratar de informações relevantes ao navegante, uma vez que traz condições adversas que podem apresentar riscos à navegação. Além disso, o cidadão pode consultar as previsões meteorológicas especiais, que são boletins elaborados para locais específicos, atualizadas diariamente com previsão de condição do tempo (chuva e nebulosidade), direção e intensidade do vento, direção e altura das ondas e visibilidade. Essas previsões estão disponibilizadas no site do CHM, no link “Previsões Especiais”.

A Marinha também disponibiliza outros dois canais de disseminação das informações meteorológicas para o público em geral: a página do Serviço Meteorológico Marinho no Facebook e o aplicativo “Boletim ao Mar”, disponível para download nas plataformas Android e IOS.

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Aplicativo “Boletim ao Mar” facilita o acesso às previsões do tempo

Outro serviço disponível para consulta é o sistema de Previsão Ambiental Marinha (PAM). Por meio do sistema é possível obter, de forma rápida e interativa, as previsões de correntes marítimas, ondas e ventos na região oceânica, além de correntes marítimas e ondas em águas rasas para a Baía de Guanabara (RJ), Baía de Sepetiba (RJ) e Canal de São Sebastião (SP).

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Sistema de Previsão Ambiental mostra a altura das ondas na Baía de Guanabara
Marcelo Barros, com informações da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).