SECIRM apresenta Planejamento Espacial Marinho no Pará

O Comandante do 4º Distrito Naval, Vice-Almirante Sergio Renato Berna Salgueirinho entrega o Certificado de Participação ao Contra-Almirante Jaques (Imagem: MN Arthur Malheiros)
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No dia 22 de novembro, o Contra-Almirante Ricardo Jaques Ferreira, Secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), apresentou o Planejamento Espacial Marinho (PEM) em uma palestra realizada no Auditório do Comando do 4º Distrito Naval, em Belém (PA). O evento reuniu acadêmicos, militares e representantes da comunidade marítima e portuária, destacando os avanços e próximos passos do Brasil no gerenciamento sustentável de seus recursos marinhos.

Planejamento Espacial Marinho: objetivos e estrutura

O Planejamento Espacial Marinho (PEM) é uma iniciativa estratégica coordenada pela Marinha do Brasil, por meio da SECIRM, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Seu objetivo é organizar as atividades humanas em áreas marinhas, conciliando objetivos ecológicos, econômicos e sociais.

Para viabilizar a implementação do PEM, o território marinho brasileiro foi dividido em quatro regiões de estudo: Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Cada uma segue etapas distintas de elaboração, com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO). Durante a palestra, o Contra-Almirante Jaques destacou o compromisso do Brasil, assumido na Conferência da ONU para o Oceano, de implementar o PEM até 2030.

Desafios e oportunidades no desenvolvimento do PEM

Um dos principais desafios do PEM é identificar áreas para o desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore. Esses locais precisam ser definidos com cuidado para evitar conflitos com rotas de navegação mercante e padrões migratórios de cetáceos. Essa análise complexa reflete a necessidade de um planejamento minucioso e baseado em dados.

Outro ponto levantado foi o aumento da demanda por mineração submarina. A extração de metais como cobre, níquel, cobalto e manganês é essencial para setores estratégicos, como a produção de baterias e sistemas fotovoltaicos, mas exige cuidados para mitigar impactos ambientais. A palestra evidenciou que, para alcançar o equilíbrio entre exploração e preservação, é fundamental que todos os setores envolvidos adotem práticas sustentáveis.

Engajamento e coordenação para o sucesso do PEM

O Contra-Almirante Jaques ressaltou que o sucesso do Planejamento Espacial Marinho depende do engajamento de todos os setores da sociedade. Governos, empresas e cidadãos precisam trabalhar juntos para conscientizar e mobilizar recursos e esforços em prol do uso sustentável dos espaços marinhos.

A Marinha do Brasil e o Ministério do Meio Ambiente lideram a coordenação do PEM, mas o envolvimento do poder Executivo, Legislativo e Judiciário é essencial para consolidar políticas públicas que equilibrem progresso econômico e preservação ambiental. Com ações coordenadas e compromissos efetivos, o PEM representa uma oportunidade única de colocar o Brasil na vanguarda do desenvolvimento sustentável dos oceanos.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Marinha do Brasil
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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