Serviço de Assistência Religiosa da Marinha promove reflexão sobre luto e espiritualidade nas Forças Armadas

Conferência psicológica sobre luto e perda, painel CIAMB.
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No coração do Centro de Instrução e Adestramento Almirante Newton Braga, no Rio de Janeiro, a VII Jornada Religiosa do Serviço de Assistência Religiosa da Marinha (SARM) reuniu militares e convidados para um momento de escuta e reflexão sobre o luto. Com o tema “Tanatologia: Lidar com as perdas – Espiritualidade lidando com o luto”, o evento abordou como fé e saúde mental se entrelaçam no contexto da vida militar, onde perdas, desafios emocionais e vínculos rompidos são realidades frequentes.

A união entre teologia e psiquiatria no enfrentamento do luto

Quatro homens, incluindo militares e religiosos, em evento.

O evento contou com a presença do Padre Doutor Leonardo Agostini, que abordou a morte e o luto sob a ótica da fé cristã, destacando a importância da esperança e da transcendência espiritual como mecanismos de resiliência frente à dor. Em seguida, o Capitão de Mar e Guerra Médico Almir Marcelo Camelo Figueira apresentou a perspectiva da psiquiatria, oferecendo orientações práticas sobre acolhimento, escuta ativa e estratégias terapêuticas para militares em luto ou em situações de perda.

A presença simultânea de especialistas nas áreas de teologia e saúde mental conferiu à jornada um caráter interdisciplinar e profundo, reafirmando o compromisso da Marinha em cuidar integralmente de seus profissionais. A convergência desses saberes proporcionou ferramentas para fortalecer o equilíbrio emocional em um ambiente muitas vezes marcado por tensão, riscos e separações.

Espiritualidade e saúde emocional no cotidiano militar

Oficial brasileiro em discurso com bandeiras ao fundo.

A vida nas Forças Armadas exige preparo físico, disciplina e prontidão constante, mas também envolve dimensões subjetivas pouco visíveis, como sofrimentos silenciosos, perdas familiares, frustrações profissionais ou traumas operacionais. Nesse contexto, eventos como a Jornada do SARM surgem como espaços fundamentais para lembrar que o militar é, antes de tudo, um ser humano pleno, com corpo, mente e espírito.

Ao tratar do luto como experiência humana universal, o SARM reforça o papel da espiritualidade não como doutrina, mas como caminho de acolhimento, escuta e construção de sentido. Isso se torna ainda mais importante quando se trata da formação de lideranças empáticas, preparadas para lidar com colegas que enfrentam momentos de fragilidade emocional ou existencial.

A Jornada Religiosa do SARM como espaço de escuta e acolhimento

Grupo de militares da marinha em uniformes brancos.

Desde 2012, o Serviço de Assistência Religiosa da Marinha realiza jornadas teológicas com temas sensíveis à realidade do efetivo militar, criando pontes entre espiritualidade, ciência e a vivência diária nas organizações. A VII edição, transmitida ao vivo para diversas unidades navais, reafirma esse papel, promovendo diálogo aberto, valorização da vida e fortalecimento de vínculos comunitários.

A abertura do evento foi conduzida pelo Almirante de Esquadra Renato Garcia Arruda, Diretor-Geral do Pessoal da Marinha, que destacou a importância de reconhecer a dimensão humana dos militares. “Antes de ser combatente ou profissional, o militar é uma pessoa com história, vínculos, sentimentos e espiritualidade”, afirmou. Essa visão integral é a base da atuação do SARM e da essência da Jornada, que continua sendo um dos mais significativos encontros de escuta e formação humana na Marinha do Brasil.

Com informações da Arquidiocese Militar.

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