Imagem: CCFE/Divulgação

O governo do Reino Unido anunciou, nessa quarta-feira (2), que está em busca de um local para construir seu reator de fusão nuclear, o primeiro do tipo no mundo. O projeto, intitulado Tokamak Esférico para Produção de Energia (STEP), é um elemento-chave para a utilização da energia limpa no país.

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Contando com orçamento inicial de R$ 1,5 bilhão (£ 222 milhões) para os próximos cinco anos, o STEP será construído e gerenciado pela Autoridade de Energia Atômica do Reino Unido (UKAEA). As obras devem iniciar em 2032 e terminar em 2040.

A instalação será uma planta integrada, trazendo parte da infraestrutura de uma usina elétrica. Com ela, o Reino Unido pretende demonstrar a viabilidade comercial da fusão nuclear e abrir caminho para novas plantas do tipo, fornecendo suprimento ilimitado de energia e baixas emissões de carbono.

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Tokamak Esférico para Produção de Energia.
Fonte: Centro de Culham para Energia de Fusão/Divulgação

O prazo para que as comunidades interessadas em receber o protótipo do reator de fusão britânico se manifestem termina em março de 2021. Elas serão avaliadas em quesitos como acesso e adequação geológica, entre outros, e precisam ter uma área mínima disponível de 100 hectares. A definição do local de instalação deve acontecer até o final de 2022.

Fusão x fissão

Processo atualmente em uso, a geração de energia por fissão nuclear acontece a partir da divisão dos átomos, exigindo a utilização de materiais radioativos como o urânio. No entanto, ela gera resíduos perigosos e está sujeita a acidentes de grandes proporções, como já aconteceu em algumas usinas nucleares.

No caso da fusão nuclear, o processo é semelhante ao realizado pelo Sol e outras estrelas, onde há a fusão de elementos como o hidrogênio, dando origem à energia. Ela é muito mais limpa e tem preocupações mínimas com a radiação, se comparada à fissão.

Apesar das vantagens, o mundo ainda tenta construir o primeiro reator de fusão nuclear que seja realmente eficiente.

Fonte: TecMundo

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).