Regeneração de corais em Pernambuco alia ciência, turismo e inclusão social

Foto: NeoEnergia
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Os recifes do litoral pernambucano estão ganhando uma nova vida graças ao Projeto Coralizar. Desde 2019, mais de 2.500 corais foram regenerados na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (APACC), fruto de uma parceria que combina ciência, tecnologia e participação comunitária em prol da biodiversidade marinha.

O Projeto Coralizar e sua atuação em Pernambuco

O Projeto Coralizar é uma iniciativa pioneira na preservação dos recifes brasileiros, atuando na APACC, a maior unidade de conservação marinha do Brasil. O foco do projeto está na regeneração de espécies ameaçadas, como a Mussismilia harttii, conhecida por sua vulnerabilidade, e a Millepora alcicornis, com alta capacidade de regeneração.

A ação é liderada por uma parceria entre o Instituto Neoenergia e o WWF-Brasil, que mobilizam recursos financeiros e conhecimento técnico para restaurar os ecossistemas marinhos. Os recifes enfrentam ameaças severas, como mudanças climáticas, poluição e turismo desordenado, e a iniciativa busca reverter esses danos, promovendo um equilíbrio sustentável na região.

Técnicas de regeneração e participação comunitária

Foto: NeoEnergia

O Coralizar utiliza técnicas avançadas para recuperar fragmentos de corais danificados. Em berçários subaquáticos, fragmentos de corais quebrados são cultivados em condições controladas até estarem prontos para serem reintroduzidos no ambiente natural.

O diferencial do projeto está no envolvimento direto da comunidade local. Pescadores, jangadeiros e mergulhadores participam ativamente das atividades, o que não apenas fortalece a conexão com o meio ambiente, mas também gera oportunidades de renda e educação ambiental. Essa integração promove o desenvolvimento sustentável ao mesmo tempo que amplia a conscientização sobre a importância dos recifes.

Além disso, a iniciativa recebe apoio técnico de universidades locais e financiamento de empresas, o que garante o monitoramento contínuo e o sucesso da regeneração dos corais.

Resultados e impacto do projeto

Os resultados do Projeto Coralizar são notáveis. Além de regenerar os corais, a ação beneficia diretamente a biodiversidade marinha, que encontra nos recifes um habitat essencial para a sobrevivência de inúmeras espécies. Outro ponto de destaque é a promoção do turismo sustentável: visitantes podem participar ativamente do processo de regeneração, vivenciando a importância da conservação dos recifes e contribuindo para sua preservação.

O projeto também fortalece os laços entre as comunidades locais e o meio ambiente, mostrando que a preservação não é apenas uma responsabilidade ambiental, mas também uma oportunidade de transformação social e econômica.

Com mais de 2.500 corais regenerados e uma rede de colaboração que envolve cientistas, moradores e turistas, o Coralizar se consolida como um exemplo de como ciência e engajamento podem caminhar juntos para salvar os oceanos.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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