Rebocador “Laurindo Pitta” pode ganhar propulsão sustentável

Rebocador-Museu Laurindo Pitta em Passeio Marítimo pela Baía de Guanabara – Foto: Arquivo DPHDM
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Construído em 1910, participou da Primeira Guerra Mundial, passando pela última modernização em 1998, o rebocador “Laurindo Pitta” carrega em suas estruturas o peso da história marítima brasileira. Agora, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM) planeja um novo capítulo para essa embarcação icônica: a transição para um sistema de propulsão mais sustentável. A iniciativa reforça o compromisso da Marinha com a preservação do meio ambiente e a inovação tecnológica.

Modernização sustentável do “Laurindo Pitta”

O rebocador “Laurindo Pitta” é um dos maiores símbolos da tradição naval brasileira. Após mais de um século de serviços prestados, a Marinha do Brasil busca modernizá-lo, garantindo sua preservação e alinhando sua operação às exigências ambientais do século XXI.

Entre as alternativas analisadas estão sistemas de propulsão elétrica ou híbrida, que reduzem significativamente as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Além disso, o uso de hidrogênio renovável como combustível surge como uma possibilidade promissora, já que pode diminuir em até 96% as emissões em comparação com combustíveis fósseis tradicionais. Essas tecnologias não só tornam o “Laurindo Pitta” mais sustentável, mas também aumentam sua eficiência operacional, reduzindo custos de manutenção e consumo de energia.

A proposta da DPHDM é um marco na incorporação de soluções ecológicas à frota histórica da Marinha, abrindo espaço para futuras iniciativas semelhantes.

O papel do “Laurindo Pitta” na história e seu futuro verde

Ao longo de sua trajetória, o “Laurindo Pitta” testemunhou momentos cruciais da história naval brasileira. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi enviado para a África em apoio às operações da Marinha do Brasil. Mais tarde, ao longo do século XX, atuou em diversas missões de apoio logístico e resgate. Em 1998, foi restaurado para se tornar um navio-museu, preservando sua memória e permitindo que novas gerações conhecessem seu legado.

Agora, com a possível modernização sustentável, o rebocador poderá se tornar um exemplo vivo de como tradição e inovação podem coexistir. Manter o navio em funcionamento com tecnologias limpas reforça não apenas o compromisso com o meio ambiente, mas também a importância da preservação do patrimônio histórico.

A iniciativa não apenas mantém viva a história do “Laurindo Pitta”, mas também reforça o papel da Marinha do Brasil na busca por soluções ecológicas para sua frota.

Inovação e parcerias para a sustentabilidade naval

A modernização sustentável do “Laurindo Pitta” faz parte de um esforço maior da Marinha para adotar soluções tecnológicas que reduzam o impacto ambiental de suas operações. O setor marítimo, mundialmente, caminha para um futuro mais verde, com investimentos crescentes em combustíveis alternativos e sistemas de propulsão eficientes.

Empresas e instituições que desejam colaborar com esse projeto têm a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras e sustentáveis no setor naval. Parcerias estratégicas podem viabilizar não apenas a modernização do “Laurindo Pitta”, mas também a implementação dessas tecnologias em outras embarcações históricas.

A DPHDM está em busca de especialistas e investidores que possam apoiar essa iniciativa. Interessados podem obter mais informações entrando em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (21) 2104-6161, ramal 2023.

A transição para uma propulsão sustentável no “Laurindo Pitta” simboliza mais do que uma atualização tecnológica: é um compromisso com o futuro, sem esquecer o legado do passado.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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