Reator nuclear de Angra: etapas para transformar calor em energia

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Transformar a energia do núcleo do átomo em eletricidade é a missão do reator nuclear de Angra. O processo começa com a fissão nuclear no núcleo do reator, onde átomos de urânio são bombardeados por nêutrons. O calor gerado aquece a água pressurizada, que segue para outras etapas do sistema até gerar eletricidade.

Fissão Nuclear: A Base do Funcionamento do Reator

O núcleo do reator nuclear de Angra abriga o elemento combustível, formado por varetas que contêm pastilhas de urânio empilhadas. Quando bombardeados por nêutrons, os átomos de urânio se dividem, liberando calor e mais nêutrons, o que gera uma reação em cadeia. Esse processo, chamado de fissão nuclear, é cuidadosamente controlado por barras feitas de materiais como prata e cádmio, que absorvem os nêutrons e regulam a intensidade da reação.

Para evitar danos ao sistema, uma água desmineralizada, de altíssima pureza, é utilizada no circuito primário. Essa água, mantida sob pressão elevada, circula dentro do núcleo para absorver o calor gerado pela fissão, sem entrar em ebulição. Esse calor é o ponto de partida para todo o processo de geração de energia elétrica.

Do Calor à Energia: O Papel do Sistema Primário e do Gerador de Vapor

No sistema primário, a água aquecida no núcleo do reator é transferida por tubulações pressurizadas, conhecidas como “perna quente”, para um trocador de calor chamado gerador de vapor. No gerador de vapor, o calor da água do sistema primário é transferido para um segundo circuito de água, no qual o líquido é transformado em vapor.

Esse vapor é direcionado para turbinas acopladas a geradores, onde a energia térmica é convertida em energia mecânica e, finalmente, em energia elétrica. Após movimentar as turbinas, o vapor é resfriado e reconvertido em água, retornando ao ciclo para repetir o processo. Esse sistema fechado garante alta eficiência e segurança na operação.

Segurança e Sustentabilidade na Geração de Energia Nuclear

A operação do reator nuclear de Angra segue rigorosos padrões de segurança. Sistemas redundantes, materiais especializados e monitoramento constante asseguram que a energia seja produzida de maneira controlada e segura. Além disso, o uso da água desmineralizada no circuito primário minimiza os riscos de corrosão e contaminação, garantindo a integridade dos equipamentos.

A energia nuclear desempenha um papel essencial na matriz energética brasileira, contribuindo com uma fonte estável e confiável. Com baixa emissão de gases de efeito estufa, é também uma alternativa sustentável para atender às demandas crescentes por eletricidade, reforçando o compromisso do Brasil com a redução de impactos ambientais.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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