RBJID completa mais um ano fortalecendo cooperação continental

Foto: RBJID
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Em cerimônia realizada no icônico Salão das Bandeiras, em Washington, D.C., a Representação do Brasil na Junta Interamericana de Defesa (RBJID) celebrou, no dia 13 de maio, mais um ano de existência reafirmando seu compromisso com a cooperação militar hemisférica. O evento homenageou o General Amaro Bittencourt e resgatou a trajetória histórica da presença brasileira na JID, desde 1942 até sua atual estrutura estratégica.

Tradição e transformação: o legado institucional da RBJID

Reunião militar com diversas nações em salão decorado.
Foto: RBJID

A história da RBJID é marcada por duas fases institucionais fundamentais para a inserção do Brasil no sistema de defesa continental. Criada em 1942 como Delegação do Brasil na Junta Interamericana de Defesa (DBJID), em meio ao contexto da Segunda Guerra Mundial, a representação consolidou-se como um dos pilares da política de aproximação entre os países do continente americano.

Em 1978, passou a ser formalmente estruturada como RBJID, mantendo-se como uma instância de representação permanente do Ministério da Defesa junto à Junta Interamericana de Defesa e à Organização dos Estados Americanos (OEA). A cerimônia de aniversário deste ano incluiu o descerramento do retrato do General Amaro Bittencourt, primeiro delegado brasileiro, em homenagem à sua contribuição pioneira para o fortalecimento da presença nacional em fóruns multilaterais de defesa.

Ponte estratégica entre o Brasil e o sistema interamericano

A RBJID atua como elo entre o Brasil e o sistema interamericano de segurança e defesa, sendo responsável pela representação institucional do Ministério da Defesa nas discussões e decisões da JID e da Comissão de Segurança Hemisférica da OEA. Além de assegurar a projeção diplomático-militar do país, a representação contribui para a articulação de políticas comuns, a troca de experiências e a elaboração de diretrizes para operações conjuntas e missões de paz.

Por meio de sua presença em Washington, a RBJID também amplia a visibilidade das capacidades estratégicas brasileiras, como sua expertise em Amazônia, operações interagências e missões de ajuda humanitária. O contato permanente com delegações militares de outros países-membros permite ao Brasil atuar como articulador de consensos e promotor de boas práticas em defesa cooperativa.

Cooperação multilateral como vetor de estabilidade regional

A celebração de mais um ano da RBJID ressalta a importância de espaços multilaterais de defesa como ferramentas para o fortalecimento da confiança mútua e da estabilidade nas Américas. Em um contexto internacional marcado por tensões híbridas e ameaças transnacionais, o papel do Brasil dentro da JID é essencial para promover soluções integradas e diplomáticas para os desafios da segurança regional.

A atuação da RBJID evidencia o entendimento de que a defesa nacional não se limita às fronteiras físicas, mas envolve também a capacidade de articular parcerias estratégicas, influenciar decisões em organismos internacionais e contribuir para a construção de um ambiente hemisférico pacífico e seguro. Com sua presença ativa, o Brasil reforça seu papel como líder cooperativo e comprometido com a paz e o desenvolvimento no continente americano.

Com informações da RBJID.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).