PROSUB avança com entrega de novas instalações em Itaguaí

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Cada nova estrutura erguida no Complexo Naval de Itaguaí representa um elo essencial no fortalecimento da capacidade submarina brasileira. Com a inauguração de prédios administrativos, cais e sistemas de suporte, a Marinha do Brasil amplia suas operações dentro do PROSUB, garantindo mais eficiência logística e operacional para os submarinos já em atividade e os que ainda estão por vir.

Expansão estratégica da infraestrutura naval

Foto: Cabo Torres

A ampliação do Complexo Naval de Itaguaí marca um avanço essencial para a operacionalidade do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). Entre as novas instalações entregues estão o prédio administrativo da Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM), os cais 3 e 4, uma subestação elétrica moderna, além da Praça da BSIM e do Pórtico de Cerimônias.

A construção do novo prédio administrativo centraliza a gestão operacional da BSIM, otimizando o fluxo de trabalho para cerca de 200 militares de diferentes áreas. Já os cais 3 e 4 ampliam a capacidade de atracação, permitindo que dois submarinos fiquem atracados simultaneamente ou que um navio de apoio utilize a estrutura. A subestação elétrica integrada, por sua vez, fortalece a autonomia da base, garantindo energia estável e recarga eficiente das baterias dos submarinos.

Além disso, as novas instalações foram projetadas com sistemas modernos de monitoramento e segurança, além de contar com uma usina de geração elétrica fotovoltaica. Essa medida não apenas contribui para a sustentabilidade ambiental, mas também reduz os custos operacionais da Marinha.

O papel do PROSUB na defesa nacional

O Programa de Desenvolvimento de Submarinos é um dos principais projetos estratégicos do Brasil na área de defesa. Desde sua concepção, o PROSUB busca modernizar a frota submarina nacional e garantir a soberania marítima do país. Atualmente, a Marinha já incorporou dois novos submarinos convencionais ao serviço ativo e trabalha na construção de outros dois, além do grande objetivo do programa: o Submarino Nuclear Convencionalmente Armado (SN-BR).

“A infraestrutura terrestre é tão importante quanto os submarinos em si. Para garantir o pleno funcionamento dos meios, precisamos de instalações modernas e eficientes para operá-los e mantê-los. Com esse avanço, estamos reforçando nossa capacidade de projetar poder e defender nossos interesses no mar”, destacou o Comandante de Operações Navais, Almirante de Esquadra Cláudio Henrique Mello de Almeida.

Os avanços na infraestrutura naval são essenciais para o sucesso do PROSUB, permitindo que as tripulações recebam treinamentos adequados, garantindo suporte logístico eficiente e assegurando que os submarinos possam operar com máxima disponibilidade e prontidão.

Impacto operacional e geopolítico da ampliação

Foto: Suboficial (RM1) Ronaldo

A modernização do Complexo Naval de Itaguaí reforça a presença estratégica do Brasil no Atlântico Sul. Com a melhoria na capacidade de atracação e suporte logístico, a Marinha do Brasil passa a operar de maneira mais eficiente, reduzindo o tempo de manutenção e aumentando a disponibilidade dos submarinos para missões operacionais.

Além do impacto direto nas operações navais, a expansão fortalece a segurança marítima do país e contribui para a projeção do Brasil como uma potência naval emergente. Em um cenário geopolítico cada vez mais dinâmico, a capacidade de dissuasão e defesa no Atlântico Sul torna-se crucial, principalmente diante do crescente interesse internacional pela região e suas riquezas naturais.

A continuidade do PROSUB prevê novos investimentos na infraestrutura do Complexo Naval de Itaguaí, incluindo a construção do Esquadrão de Guerra Cibernética, a ampliação dos cais e a instalação de novos tanques de armazenamento de combustível. Essas iniciativas reafirmam o compromisso da Marinha com a modernização de seus meios, garantindo a defesa dos interesses nacionais e a proteção da Amazônia Azul.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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