A Marinha do Brasil, em continuidade às ações que visam a dar suporte ao Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), enviará ao continente antártico, no dia 28 de outubro, o Navio Polar (NPo) “Almirante Maximiano”. O “Tio Max”
Nesta segunda-feira, 22 de março, é comemorado o Dia Mundial da Água.  A data, instituída em 1992 pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo a conscientização da população mundial sobre a importância do tema. Atenta aos danos ambientais e socioeconômicos provocados por desastres neste meio, a CAPES criou o Programa Entre Mares.
A iniciativa pretende reduzir os danos causados pelo derramamento de óleo no litoral brasileiro, em 2019. Um dos projetos selecionados investiga a ação de microrganismo na biodegradação do petróleo no oceano. O estudo multidisciplinar envolve as áreas de Oceanografia, Biologia e Microbiologia das Universidades Federais do Rio de Janeiro (UFRJ), Brasília (UnB) e Alagoas (Ufal) e da Estadual de Santa Cruz (Uesc), na Bahia. Ele sugere que microrganismos marinhos que se alimentam do contaminante produzem uma espécie de detergente natural, chamado biossurfactante, que ajuda a dissolver o óleo na água.
Fabiano Thompson, coordenador do projeto e professor de Biologia do Programa de Engenharia de Produção do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa (UFRJ), avalia os impactos ambientais e socioeconômicos, a remediação biológica – técnica que usa agentes biológicos degradadores para despoluir as áreas contaminadas –, a dispersão do óleo, o processamento de resíduos e a tecnologia aplicada à contenção do petróleo. Segundo Fabiano, o estudo permite entender melhor o processo de biodegradação do petróleo no oceano e a toxicidade do produto no mar.
Outro projeto, desta vez do Instituto de Computação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal),  propõe o uso de drones para monitorar o litoral brasileiro. Segundo o estudo, veículos aéreos e aquáticos, seriam capazes de identificar possíveis danos ambientais. Equipamentos aéreos e marítimos autônomos podem vir, em breve, a vigiar as águas do litoral brasileiro para sinalizar eventuais derramamentos de óleo ou outros tipos de poluentes químicos.
 “O grande problema destes sistemas é que eles são estáticos, mas os oceanos não. Acreditamos que veículos aéreos e marítimos seriam capazes de monitorar eventos que acontecem na costa brasileira e que estão suscetíveis à dinâmica dos mares por causa das correntes marítimas, da mudança dos ventos, das alterações climáticas e de todo tipo de fenômeno meteorológico fora da normalidade”, explica Heitor Savino, cientista do Instituto de Computação da Ufal, que lidera o grupo de pesquisa.
Atualmente, a costa brasileira é monitorada por estações maregráficas que mantém 189 boias em todo o País. Outras 21 boias fixas são oferecidas pelo programa Prediction and Research Moored Array in the Tropical Atlantic (em livre tradução: Predição e Pesquisa em Matriz Atracada no Atlântico Tropical), o Pirata. Com o desenvolvimento de drones, pesquisadores acreditam que o Brasil poderia ter capacidade de vigiar uma faixa marítima que se estende até 24 milhas náuticas (aproximadamente 44 km), compreendendo o mar territorial e a zona contígua.
Programa Entre Mares
Em 2019, as praias do Nordeste receberam manchas de óleo que deixaram um rastro de poluição. O Programa Entre Mares é uma iniciativa da CAPES diante do desastre ambiental gerado no litoral brasileiro. O Edital, de R$ 1.360.000,00 (um milhão, trezentos e sessenta mil reais), selecionou 12 projetos de pós-graduação que apresentam soluções de combate e análise do impacto do derramamento de óleo.
Fonte: Redação CCS/CAPES
Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).