Projeto de Planejamento Marinho no Nordeste é discutido por especialistas e instituições

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O Planejamento Espacial Marinho (PEM) para a região Nordeste foi apresentado nesta quarta-feira (25) por Aldo Dantas, diretor-geral da Funpec, em uma reunião com representantes de diversos setores, incluindo a FIERN e o Cluster Tecnológico Naval do RN. O projeto visa organizar as atividades econômicas no mar, garantindo um uso sustentável dos recursos e alinhando metas ecológicas, sociais e econômicas para a região.

O Planejamento Espacial Marinho (PEM) e seus Objetivos

O Planejamento Espacial Marinho (PEM) é uma iniciativa que visa coordenar e organizar as atividades econômicas nas áreas marítimas, de modo a garantir um uso sustentável dos recursos marinhos. Semelhante a um plano diretor aplicado ao espaço terrestre, o PEM tem como foco ordenar o uso das águas costeiras e oceânicas, levando em consideração as necessidades econômicas, sociais e ecológicas.

O projeto tem o objetivo de minimizar conflitos entre os diversos setores que utilizam os recursos marítimos, como pesca, turismo, energia e transporte. A ideia é criar uma ferramenta de planejamento que garanta segurança jurídica para as atividades econômicas e ao mesmo tempo promova a preservação da biodiversidade marinha, incentivando o desenvolvimento sustentável de longo prazo.

A proposta para o Nordeste visa otimizar o uso das águas marinhas em estados como o Rio Grande do Norte, onde há grande potencial para setores como a pesca, aquicultura marinha e a emergente energia eólica offshore. O professor Aldo Dantas destacou que a criação de um planejamento unificado para essas atividades não apenas ajudará a mitigar conflitos de uso, mas também permitirá um aproveitamento mais eficiente e seguro dos recursos disponíveis.

Participação das Instituições e Apoio ao Projeto

A apresentação do PEM reuniu diversos representantes do setor industrial, acadêmico e militar. A Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), responsável pela coordenação do projeto, recebeu apoio imediato de importantes instituições como a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e o Cluster Tecnológico Naval do RN. O presidente da FIERN, Roberto Serquiz, e o presidente do Cluster, Amaro Sales, enfatizaram a relevância do projeto para a economia do estado e sua conexão direta com as atividades marítimas já existentes.

“Com essa apresentação, ficou claro que há uma forte ligação entre o Planejamento Espacial Marinho e o Cluster Tecnológico Naval, e saímos dessa reunião com o compromisso de avançar nessa pauta. O lançamento oficial do PEM está previsto para novembro, e estamos animados em colaborar para que ele se torne uma realidade”, declarou Roberto Serquiz.

Além das instituições industriais, o projeto também conta com o envolvimento de representantes do setor pesqueiro, como o presidente do SINDIPESCA, Gabriel Calzavara, e o vice-presidente, Arimar França Filho. O setor militar também marcou presença, representado pelo Capitão de Mar e Guerra Marco Veppo, do Comando do 3º Distrito Naval, refletindo a importância estratégica do uso sustentável das águas costeiras.

A reunião destacou ainda o compromisso do governo estadual em participar ativamente do projeto. O apoio governamental será crucial para garantir a execução do PEM, uma vez que a coordenação de políticas públicas será necessária para unir os interesses dos diferentes setores envolvidos e para alinhar o PEM às diretrizes de desenvolvimento sustentável do estado.

Benefícios e Potencial do PEM para o Nordeste

Entre os principais benefícios do PEM está a capacidade de mitigar conflitos de uso entre as várias atividades que dependem do espaço marinho, como a pesca, a aquicultura, o transporte marítimo e as operações portuárias. O professor Aldo Dantas destacou a importância de garantir segurança jurídica para os diferentes setores, permitindo que as atividades sejam realizadas de forma coordenada e eficiente, evitando problemas como sobreposição de áreas de exploração ou impacto ambiental excessivo.

O projeto também tem o potencial de gerar impactos econômicos e ambientais positivos. A organização mais eficiente das atividades no mar pode estimular a criação de novos empregos, especialmente em áreas como a energia eólica offshore, um setor que está crescendo rapidamente no Brasil. Além disso, o uso sustentável dos recursos marinhos contribuirá para a preservação da biodiversidade, garantindo que as futuras gerações possam continuar se beneficiando da riqueza natural da costa nordestina.

Outro ponto destacado foi o papel do PEM em promover oportunidades de desenvolvimento para setores como a aquicultura marinha e as atividades portuárias, que podem ser impulsionadas pela coordenação das atividades econômicas no mar. O PEM pode ainda abrir novas frentes de desenvolvimento para a energia renovável, com foco na energia eólica offshore, que tem um grande potencial para crescimento na região Nordeste.

O Planejamento Espacial Marinho também oferece uma visão de futuro promissora para o desenvolvimento sustentável da economia do mar no Brasil, especialmente no Nordeste, onde há uma grande diversidade de atividades e recursos marítimos. A expectativa é que, com a implantação do PEM, a região se torne um exemplo de organização e uso sustentável do espaço marítimo, conciliando desenvolvimento econômico com preservação ambiental e benefícios sociais.

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Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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