Em mais um dia de atividades para a Comitiva do Brasil na 63ª Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica, em Viena, destacou-se ontem (18.9), a apresentação do Plano Nuclear da Marinha do Brasil, feita pelo cientista e ex-Diretor de Ciências Nucleares e Aplicações da AIEA, Dr.Aldo Malavasi , que hoje integra o corpo de especialistas da AMAZUL e do CTMSP.
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Na apresentação, reforçou às autoridades da AIEA, o compromisso do Brasil na aplicação e uso da energia na nuclear exclusivamente à fins pacíficos. “Caminhamos comprometidos e alinhados com a política estabelecida pela AIEA e da nossa Constituição Federal. Nosso Programa e Instituições passam por constantes inspeções das organizações internacionais, às quais recebemos com total transparência e compromisso no desenvolvimento de um Programa de propósitos não bélicos”, afirmou.
O cientista deixou claro importância histórica da Marinha no desenvolvimento e avanços do setor nuclear no Brasil. Em decorrência das pesquisas nucleares realizadas pelo oficial da MB, Alte. Álvaro Alberto, no início dos anos 50, foi que o governo federal, quase duas décadas depois, investiu recursos para capacitar o país no ciclo do combustível nuclear, produção de reatores de pesquisa e de potência e, finalmente, no reprocessamento de combustível nuclear utilizado nos reatores.
Na apresentação, Dr. Aldo citou ainda os projetos nucleares em curso e em desenvolvimento pela Marinha, como o LABGENE, RMB (em parceria com a CNEN) e o Submarino de Propulsão Nuclear.
O presidente da NUCLEP, Contra Almirante Carlos Henrique Silva Seixas, elogiou a apresentação do Dr. Aldo Malavasi. “A Marinha é a base do Programa Nuclear do Brasil. O Alte. Alvaro Alberto foi um visionário!Por causa da sua excepcional luta nos anos 50 chamamos a atenção do país. A apresentação foi de encontro à posição do ministro Alte. de Esquadra Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior, em que ratifica a importância e coerência da atuação direta de militares na gestão de setores do Governo ligados ao desenvolvimento do Programa Nuclear Brasileiro. O ministro sempre ressalta que estivemos presentes em todas as etapas de implantação da energia nuclear no país. A MB teve papel ímpar no desenvolvimento da ultracentrifugação para o enriquecimento do urânio, o que nos fez sétimo país no mundo a dominar a tecnologia”, relembrou o C.Alte Seixas.
E finalizou falando da importância da NUCLEP na história nuclear do Brasil. “É também gratificante como oficial militar, C. Alte, comandar uma empresa grande como a NUCLEP, que, desde o início dessa história, se destaca na construção de equipamentos nucleares de suma importância para a MB e para o país. Ressalto ainda que nos encontros aqui com outras Comitivas de países membros como a França e Paraguai, externamos a expertise nuclear para qual fomos criados, a capacidade e a qualidade da nossa caldeiraria, assim como fortalecemos a parceria com a Argentina. Todas as tratativas com grande receptividade e expectativas para o futuro.”
Fonte: Nuclep