Nesta terça-feira (15), a comunidade acadêmica celebra o Dia da Escola. Na data, que marca a importância de promover educação de qualidade para combater desigualdades e viabilizar oportunidades, pais e professores do Brasil reconhecem as contribuições do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (PECIM) ao ensino. Presente em 25 estados e no Distrito Federal, o PECIM beneficia, aproximadamente, 85 mil alunos.

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Atualmente, 665 militares inativos das Forças Armadas colaboram nas gestões administrativa, didático-pedagógica e educacional nas redes públicas de ensino. A diretora e professora Vanessa Regina Moreira, da Escola Municipal Professor Lafayette Rodrigues Pereira, em Taubaté (SP), identifica a contribuição militar como fator positivo para a rotina escolar. “Desde que os monitores entraram na escola, percebemos que a quantidade de alunos faltantes, hoje, é muito pequena,” avaliou.

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O resultado da baixa evasão, além da redução dos índices de violência e a melhoria do ensino como um todo, é creditado à promoção de maior disciplina e, ainda, à construção de relações de companheirismo na comunidade. O senhor Braulino Silvino de Oliveira Filho é pai da Manoela de Oliveira, de 14 anos, e da Rafaela de Oliveira, de 12 anos. As duas frequentam a Escola Básica Cívico-Militar Melvin Jones, em Itajaí (SC).

Ele destaca a fala da própria filha sobre a participação militar na escola. “Segundo o relato da minha filha mais velha, eles são bem atenciosos. Chamam as crianças, conversam, perguntam se precisam de ajuda. Como pai, eu vejo que, sem dúvida, houve uma mudança significativa em relação à disciplina, a dar valor aos professores e na própria forma de convivência dos alunos,” acrescentou.

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Para a diretora Taciane Garcez Mauricio, da escola Professora Maria Dimpina Lobo Duarte, em Cuiabá (MT), a integração cívica e social amplia a visão dos alunos para a reflexão e na tomada de melhores decisões. “Os estudantes passaram a adorar a presença e os ensinamentos que eles [militares] proporcionam. Além dos militares fazerem o monitoramento das salas, auxiliando na disciplina, eles trabalham o Projeto Valores, que tem como princípios básicos: civismo, dedicação, excelência, honestidade e respeito”, exemplificou.

O Capitão de Corveta Ramão Salvador Rodrigues é oficial de gestão escolar na Escola Municipal José de Souza Damy, em Corumbá (MS). Ele relata que a diferença no comportamento estudantil é percebida por todos os colaboradores e tem tido impacto favorável. “A disciplina é útil em todos os segmentos da sociedade. O aluno disciplinado consegue se organizar e aprender com mais facilidade, porque reserva tempo para o estudo, para brincar, sabe o horário de dormir e consegue cumprir com suas obrigações,” afirmou.

Gestão colaborativa

O PECIM é uma parceria entre os Ministérios da Defesa (MD) e da Educação (MEC), sendo voltado para escolas com baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e com alunos em situação de vulnerabilidade social.

O responsável, no Ministério da Defesa, pela interface entre as pastas, Coronel Irtonio Pereira Rippel Júnior, afirma que a iniciativa é eficaz para boa gestão escolar. “Os professores têm conseguido mais tempo para a transmissão de conhecimentos e os alunos estão mais atentos e respeitosos. Eles têm compreendido o papel de cada um e que o aluno está ali com o dever de se preparar para o próprio futuro”, salientou.

As escolas cívico-militares (ECIM) são inspiradas nos padrões de ensino adotados pelos colégios militares, mas não se confundem. As ECIMs atendem às diretrizes do MEC e das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, assim como as demais escolas do país, mas contam com o benefício adicional da gestão colaborativa dos militares, para melhoria do ambiente escolar e da qualidade do ensino. Os colégios militares, por sua vez, além das diretrizes do Ministério da Educação, seguem as normas de suas corporações vinculadas e mantêm militares integrados à gestão e ao corpo docente.

Por Viviane Oliveira
Fotos: Divulgação

Marcelo Barros, com informações do Ministério da Defesa
Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).