PROANTAR celebra 43 anos de ciência e preservação ambiental

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Há 43 anos, o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) tem sido um pilar da ciência nacional, promovendo descobertas sobre o continente mais isolado do planeta. Coordenado pela Marinha do Brasil, o programa reúne militares e pesquisadores em um esforço conjunto para entender os impactos das mudanças climáticas e outros fenômenos que afetam o Brasil e o mundo.

A importância do PROANTAR para o Brasil e o mundo

Criado em 12 de janeiro de 1982, o PROANTAR tem como objetivo estudar os fenômenos que ocorrem na Antártica e seus reflexos globais, especialmente sobre o território brasileiro. O programa também garante ao Brasil o status de Membro Consultivo do Tratado da Antártica, permitindo que o país participe ativamente das decisões sobre o futuro do continente.

Os estudos realizados pelo PROANTAR têm papel central no entendimento das mudanças climáticas. Cientistas brasileiros, como o professor Luiz Henrique Rosa, da Universidade Federal de Minas Gerais, utilizam a Antártica como um laboratório natural para investigar o descongelamento das geleiras, a proliferação de organismos endêmicos e os impactos do aquecimento global no Brasil, como possíveis pragas agrícolas e novas doenças.

A Estação Antártica Comandante Ferraz e os projetos científicos

No coração do PROANTAR está a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), localizada na Ilha Rei George. Com 41 anos de existência, a estação é uma referência internacional em infraestrutura científica, capaz de acomodar até 64 pessoas. Suas instalações, que incluem 17 laboratórios e sistemas eficientes de energia, oferecem suporte a pesquisas em áreas como biologia, meteorologia, oceanografia e genética.

Atualmente, a estação apoia projetos como o estudo dos organismos antárticos para o desenvolvimento de bioprodutos. Esses estudos têm revelado potenciais aplicações para o agronegócio e a medicina, como herbicidas naturais e antibióticos contra doenças tropicais. Além disso, há iniciativas como o sequenciamento do genoma de espécies polares, liderado por Marcelo Soller Ramada, que busca compreender como esses organismos se adaptam a ambientes extremos.

O futuro do PROANTAR e a renovação da logística

Com a chegada do novo Navio Polar “Almirante Saldanha”, prevista para 2026, o PROANTAR prepara-se para uma nova era de eficiência e sustentabilidade. O navio substituirá o atual NApOc “Ary Rongel”, oferecendo maior capacidade de carga, autonomia e suporte às operações científicas. Sua construção também representa um impulso para a indústria naval brasileira, com a geração de milhares de empregos diretos e indiretos.

Além da renovação logística, o PROANTAR continua a expandir sua atuação estratégica, alinhando-se às diretrizes da Política Nacional para Assuntos Antárticos (POLANTAR). A inclusão da Antártica no entorno estratégico brasileiro reforça o interesse do país em exercer liderança diplomática, econômica e militar no continente branco.

Por mais de quatro décadas, o PROANTAR tem mostrado como ciência, tecnologia e estratégia podem se unir para enfrentar desafios globais. Enquanto os pesquisadores continuam a decifrar os enigmas da Antártica, o Brasil consolida sua presença no continente, contribuindo para o conhecimento mundial e para a preservação ambiental.

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Marcelo Barros, com informações e imagens da Agência Marinha
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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