Se passaram 92 anos desde que o Presidente Washigton Luiz instituiu a então Polícia de Estradas. De lá para cá, os blocos de autuações foram engavetados e substituídos por telefones celulares, os olhares atentos dos patrulheiros para quem trafegava pelas rodovias ampliou-se com a ajuda de dezenas de pequenas lentes de monitoramento… e aquela Polícia, hoje a Polícia Rodoviária Federal, que nem imaginava a influência dos bites e bytes no cumprimento de sua nobre missão, em seu segundo ano rumo ao centenário, caminha para um futuro de transformação digital.

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De certo, a tecnologia não irá abolir a comunicação gestual e os silvos de apito, que pelo avançar do calendário poderiam até ser considerados do tempo do Turquinho – nomeado o primeiro Patrulheiro Rodoviário Federal, em 1935. O fato é que, na era digital, os mais de 10,5 mil homens e mulheres que fazem a PRF têm a possibilidade de lançar mão dos mais “instintivos” e mais modernos recursos para melhor servir à sociedade, sem perder a essência do que motivou sua existência. Na pista, a mão que leva o apito à boca também pode ser a que manuseia o celular que “abriga” o PRF Móvel ou o rádio comunicador.

Em 92 anos, o tempo que marca a transformação do analógico para o digital também é testemunha da evolução da PRF. Das Harley-Davidson, que percorriam a rodovia Rio-Petrópolis, na era Turquinho, até os potentes e tecnológicos Camaro e Dodge Challenger, que deixaram de servir ao crime organizado e que, hoje, servem à sociedade. Mais do que acompanhamento tático no combate à criminalidade, a modernização da frota, que inclui automóveis, motocicletas e aeronaves, acompanha os anseios da população por uma segurança pública cada vez mais efetiva.

Uma efetividade que a PRF vem fortemente desenvolvendo ao longo de sua história, com a ajuda da tecnologia, e, especialmente, valorizando seu principal recurso: o pessoal. A quem diga que ser policial é vocação. Mas a PRF vai mais além nesse conceito e vem apostando no desenvolvimento do tirocínio policial por meio de capacitação. Os conhecimentos, antes unicamente compartilhados na modalidade presencial, ganham uma nova interface. Videoconferências, materiais e plataformas digitais expandem a experiência da prática, teorias e estudos a um número cada vez maior de servidores. É a transformação digital já aprimorando a governança do conhecimento e qualificando a atuação policial.

Nesse processo, os pequenos postos às margens das rodovias federais ficaram apenas em fotografias, muitas delas em preto branco. Estruturadas e equipadas, as Unidades Operacionais espalhadas de norte a sul do país saltam aos olhos em vibrantes cores azul e amarelo. É abrigo para o dedicado policial em plantão, que não dificilmente ultrapassa 24h, e ponto de apoio para dezenas de usuários. Condutores e passageiros que lá encontram diversos serviços, mas, que num futuro próximo e digital, os terão em apenas alguns cliques. Sim! É tempo de transformação. Formulários e fotocópias versus portal na internet, e-mails e centrais de atendimento, conferindo praticidade e economicidade na prestação de um serviço cada vez mais de excelência.

Os desafios rumo ao centenário sem dúvida serão muitos. É preciso muita conexão. Conectar o passado e o presente à visão de futuro. Do patrulhar a Rio-Petrópolis à promoção da pronta resposta às demandas de segurança pública em qualquer ponto da federação. É garantir um trânsito seguro, a livre mobilidade e reprimir de forma qualificada o crime em busca da referência em inovação, conhecimento e efetividade em segurança pública. É tempo de transformação, movida por valores como transparência, respeito, integridade, profissionalismo e excelência. No dia em que comemora 92 anos, a PRF estrategicamente foca na prosperidade de quem continua escrevendo sua história e, especialmente, da Nação.

Neste 24 de julho de 2020, é muitíssimo provável que esse breve resumo da história da Polícia Rodoviária Federal esteja sendo lido por meio de uma tela de celular ou computador. O trabalho antes visto por aqueles que passavam por fiscalizações nos mais de 70 mil quilômetros de rodovias federais é hoje acompanhado por centenas de pessoas nas redes sociais. É tempo de transformação! É o usuário abordado tornando-se também “seguidor”. É o mundo digital conectando PRFs e sociedade para que novos capítulos dessa história de 92 anos sejam escritos, ou melhor, digitados.

Fonte: Agência PRF

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).