No dia 11 de novembro, a Subunidade (SU) Culminating, oriunda da Brigada de Infantaria Pára-quedista, realizou o primeiro dos quatro dias de treinamento para a execução do tiro real de fração no nível subunidade. Trata-se da quinta fase do “Home Station Training”, última etapa de preparação para o exercício bilateral entre os Exércitos do Brasil e dos Estados Unidos, que culminará com a operação em solo norte-americano, em janeiro de 2021.

Nessa etapa, houve a emissão de ordem no nível batalhão (Força-Tarefa Culminating), figurada pela Direção do Exercício (DIREx), e dos planejamentos, ordens e ensaios no nível subunidade e pelotões.

A SU Culmating também foi orientada sobre as atualizações a serem inseridas na manobra a partir do observado pela comitiva do Estado-Maior Culminating em visita ao Joint Readiness Training Center, em Fort Polk, Estados Unidos, em outubro de 2020.

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Buscou-se a adequação à doutrina do Exército Brasileiro e a atualização do cenário de ataque com o incremento de ações em área edificada, considerando as distâncias, os limites, o poder relativo de combate e as normas de comando, entre outras condutas da Força Adestrada. “Na área de ataque, acrescentamos peças de armamento coletivo inimigo e instalações para que a tropa, na conquista do objetivo, possa executar técnicas de progressão em localidade e de entrada tática para a limpeza de instalações”, afirma o Tenente-Coronel Franzoni, Adjunto D3/EM Culminating, responsável pelo tiro real de fração no nível subunidade do “Home Station Training”.

Foi apresentada, também, a revisão das normas de conduta dos observadores e controladores do adestramento (OCA) do Centro de Adestramento – Leste na área de “Live Fire”, que devem estar em condição de intervir, se necessário, para evitar ações que prejudiquem o objetivo da operação.

O tiro real de fração no nível subunidade é inédito no Exército Brasileiro e representa a inovação e o aprimoramento da instrução da tropa, na medida em que permite a aplicação de todos os armamentos orgânicos de uma SU em uma mesma ação tática. “O Live Fire deixa de ser um treinamento predominantemente técnico, como são os exercícios de tiro das Instruções Reguladoras de Tiro com o Armamento do Exército (IRTAEx), e passa a incorporar táticas e outros pontos da doutrina militar”, destaca o Tenente-Coronel Franzoni.

Nos dias 12 e 13 de novembro, a SU Culminating realizará os treinamentos para o desenvolvimento das táticas, técnicas e procedimentos (TTP) dos pelotões com festim, objetivando a manobra total da SU, oportunidade em que serão utilizados os Dispositivos de Simulação de Engajamento Tático (DSET). No dia 14 de novembro, será a manobra com execução do tiro real propriamente dito. O “Home Station Training” está sendo realizado de 3 a 14 de novembro.

Na primeira e segunda fase do exercício, a tropa aeroterrestre cumpriu as missões de conquista e manutenção de cabeça de ponte aérea, no Campo de Instrução da AMAN. Na terceira e quarta fase, foram praticadas a infiltração aeromóvel e a ocupação e estabilização da área urbana de São José do Barreiro (SP).

O exercício combinado Culminating, previsto para 2021, finaliza o Plano Conjunto de Atividades realizadas ao longo de cinco anos.

Fonte: AMAN
Fotos: Cap Edvaldo e Cb Estevam
Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).