Policiais brasileiros se destacam em seleção para missões da ONU

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Em um cenário que exige preparo técnico, habilidades multidisciplinares e um profundo compromisso com a paz global, 72 policiais brasileiros conquistaram aprovação no Assessment for Mission Service (AMS), etapa obrigatória para integrar as missões de paz da ONU. Realizada sob a coordenação do Comando de Operações Terrestres (COTER) e com a presença de representantes da Organização das Nações Unidas, a seleção destacou o profissionalismo e a dedicação das forças de segurança do Brasil.

O Processo de Seleção AMS 2024: Rigor e Excelência

A Assessment for Mission Service (AMS) é um processo seletivo rigoroso, essencial para que policiais possam integrar as missões de paz da ONU na categoria de Individual Police Officer (IPO) ou em missões políticas especiais. Organizada pelo Comando de Operações Terrestres (COTER) e supervisionada por Dmytro Oschepkov, representante da Selection Assistance and Assessment Team (SAAT) da United Nations Police (UNPOL), a seleção seguiu padrões internacionais de exigência.

As avaliações foram divididas em cinco áreas principais: conhecimento das missões de paz, habilidades linguísticas (inglês e francês), condução de veículos, manejo de armamento e informática. O evento contou ainda com o suporte logístico e operacional de cerca de 200 militares do Exército Brasileiro, que garantiram a infraestrutura necessária para acomodação, alimentação e execução das provas.

O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) desempenhou um papel fundamental ao enviar instrutores especializados para auxiliar na aplicação das avaliações, garantindo que os padrões da ONU fossem rigorosamente seguidos.

Com um alto nível de exigência, a AMS reflete não apenas a busca por excelência técnica, mas também a seleção de profissionais com perfis compatíveis com o trabalho sensível e estratégico das missões de paz internacionais.

Resultados e Destaques da Seleção Brasileira

O processo seletivo de 2024 trouxe números expressivos e reforçou a diversidade dentro do contingente brasileiro aprovado para as missões de paz. Dos 124 policiais que participaram das provas, 72 foram aprovados, incluindo 22 mulheres e 50 homens. Entre os aprovados, 57 demonstraram proficiência em inglês, 5 em francês e 10 obtiveram aprovação em ambos os idiomas.

A lista final inclui 48 Policiais Militares (PMs), 12 agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRFs) e 12 policiais civis. Pela primeira vez, a seleção incorporou policiais civis e agentes da PRF, representando um avanço na inclusão de novos perfis profissionais para atuação nas operações internacionais.

Essa diversidade é um reflexo direto do esforço da Inspetoria-Geral das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares (IGPM), que realizou quatro etapas de pré-seleção com o objetivo de identificar os candidatos mais bem preparados em 51 Organizações Militares do Exército Brasileiro. No total, 505 policiais foram avaliados antes da fase final da AMS.

Esses números não apenas demonstram a capacidade técnica dos policiais brasileiros, mas também refletem um compromisso nacional com a excelência nas missões de paz.

O Papel do Policial Brasileiro nas Missões de Paz da ONU

Os policiais brasileiros têm desempenhado um papel estratégico e de destaque nas missões de paz da ONU, atuando como mediadores, instrutores e agentes de segurança em áreas afetadas por conflitos. Sua atuação vai além da manutenção da ordem pública, abrangendo também o desenvolvimento de capacidades locais, apoio às populações vulneráveis e fortalecimento das instituições de segurança dos países assistidos.

A aprovação no AMS permite que esses profissionais integrem o Banco de Talentos da UNPOL, tornando-se elegíveis para participar de operações em diferentes partes do mundo. Essa presença reforça a imagem do Brasil como um parceiro confiável e preparado para enfrentar desafios globais complexos.

Além de contribuir para a estabilidade internacional, a experiência adquirida em missões de paz proporciona aos policiais brasileiros um desenvolvimento profissional e pessoal significativo. Eles retornam ao país com novas perspectivas, maior capacidade técnica e uma compreensão mais ampla dos desafios da segurança pública em um contexto globalizado.

O Brasil segue, assim, consolidando seu compromisso com a paz internacional por meio da formação e preparação de agentes de segurança altamente capacitados, prontos para atuar em qualquer cenário exigido pelas Nações Unidas.

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Marcelo Barros, com informações e imagens do Exército Brasileiro
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Assessoria de Comunicação (UNIALPHAVILLE), MBA em Jornalismo Digital (UNIALPHAVILLE), Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).

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