O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse hoje (14) que as pesquisas geológicas feitas pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em parceria com a Marinha, no Atlântico Sul, colocarão o Brasil em posição de destaque na exploração da “nova fronteira mundial” da geologia, que são os solos das águas oceânicas. Segundo ele, ao pesquisar esses minérios o país dá mais um passo para expandir seus limites marítimos em quase 1 milhão de quilômetros quadrados (km²).
ebc“Essa atuação conjunta coloca o país entre os atores da nova fronteira mundial, que são as águas oceânicas. Ao pesquisar minérios do futuro em águas internacionais do Atlântico Sul, o CPRM contribui, com subsídios técnicos e jurídicos, para a extensão de limites junto às Nações Unidas, e o acréscimo de aproximadamente 950 mil km² para nossa Amazônia Azul”, disse Albuquerque durante a solenidade online que comemorou os 50 anos do CPRM

O ministro elogiou também a contribuição do Serviço Geológico do Brasil para a autonomia do país em relação à produção de potássio, mineral que é usado como fertilizante na agricultura brasileira. “O trabalho da CPRM tem se mostrado vital, e me surpreendeu ao colocar a Bacia do Amazonas no mesmo patamar das maiores províncias de potássio do mundo”, disse.

“Essa descoberta pode mudar a situação de dependência do Brasil, de um dos principais insumos da agricultura. Hoje o Brasil importa 90% do potássio que utiliza para fertilizar as plantações, e aumentar a produtividade do agronegócio, que é responsável por cerca de 21% do PIB e pela posição do Brasil de terceiro maior exportador mundial de produtos agrícolas”, acrescentou.

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Albuquerque disse que, além de reduzir a dependência que o país tem para ter acesso a insumos agrícolas, o “grande desafio” do setor mineral atualmente é o de avançar na produção de minerais estratégicos, “para atender à indústria das chamadas tecnologias verdes, que precisam de cobalto, lítio, terras raras, nióbio entre outros minérios”.

Ainda segundo o ministro, o papel da iniciativa privada será relevante para o país avançar na exploração dos recursos minerais que possui. Na avaliação dele, a conclusão do leilão do Complexo Polimetálico de Palmeirópolis, no Tocantins, foi “um sucesso”. “Agora a empreitada são os outros dois importantes projetos em fase de licitação: Bom Jardim de Goiás e Miriri, nos estados de Pernambuco e Paraíba”, adiantou ao acrescentar que, para melhorar sua balança comercial, o Brasil precisa ampliar o debate sobre licenciamento ambiental de “empreendimentos de mineração que respondam a uma demanda estratégica de segurança nacional”.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: Agência Brasil

Marcelo Barros
Jornalista (MTB 38082/RJ). Graduado em Sistemas de Informação pela Universidade Estácio de Sá (2009). Pós-graduado em Administração de Banco de Dados (UNESA), pós-graduado em Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (UCAM) e MBA em Gestão de Projetos e Processos (UCAM). Atualmente é o vice-presidente do Instituto de Defesa Cibernética (www.idciber.org), editor-chefe do Defesa em Foco (www.defesaemfoco.com.br), revista eletrônica especializado em Defesa e Segurança, co-fundador do portal DCiber.org (www.dciber.org), especializado em Defesa Cibernética. Participo também como pesquisador voluntário no Laboratório de Simulações e Cenários (LSC) da Escola de Guerra Naval (EGN) nos subgrupos de Cibersegurança, Internet das Coisas e Inteligência Artificial. Especializações em Inteligência e Contrainteligência na ABEIC, Ciclo de Estudos Estratégicos de Defesa na ESG, Curso Avançado em Jogos de Guerra, Curso de Extensão em Defesa Nacional na ESD, entre outros. Atuo também como responsável da parte da tecnologia da informação do Projeto Radar (www.projetoradar.com.br), do Grupo Economia do Mar (www.grupoeconomiadomar.com.br) e Observatório de Políticas do Mar (www.observatoriopoliticasmar.com.br) ; e sócio da Editora Alpheratz (www.alpheratz.com.br).